Harry pode ter problemas com imigração nos EUA!

Um tribunal dos Estados Unidos decidiu que os arquivos de imigração do príncipe Harry devem ser tornados públicos até o final da próxima terça-feira. A decisão do juiz distrital Carl Nichols foi motivada por um pedido de liberdade de informação (FOI) feito pela Heritage Foundation, um think tank conservador baseado em Washington DC. A fundação alega que o príncipe ocultou seu histórico de uso de drogas, o que poderia ter implicações em sua elegibilidade para obter um visto americano.
As acusações se baseiam nas confissões do Duque de Sussex em sua autobiografia “Spare”, lançada em janeiro de 2023. No livro, Harry relata ter experimentado cocaína, maconha e cogumelos psicodélicos. Ele menciona ter usado cocaína pela primeira vez aos 17 anos, descrevendo a experiência como insatisfatória, mas reconhecendo que fazer uso de substâncias era uma forma de se sentir diferente. Em relação à maconha, Harry expressou que, ao contrário da cocaína, a planta realmente lhe trouxe alívio.
Os formulários de solicitação de visto dos EUA perguntam claramente sobre o uso atual e anterior de drogas. O relato de uso de substâncias pode levar ao reprovamento das aplicações de visto, embora os oficiais de imigração tenham a liberdade de tomar decisões baseadas em várias circunstâncias. A Heritage Foundation argumenta que Harry mentiu sobre seu uso de drogas para as autoridades de imigração americanas, o que pode resultar em uma proibição vitalícia de entrada nos Estados Unidos.
Os registros do tribunal indicam que o Departamento de Segurança Interna dos EUA tem prazo até o final da próxima terça-feira para liberar os arquivos de imigração relacionados ao príncipe. A BBC entrou em contato com a Casa Branca e o escritório do duque para comentários, mas ainda não houve resposta.
Essa decisão judicial se segue a uma determinação de um ano de 2024 do mesmo juiz, que havia afirmado não haver interesse público suficiente para divulgar os registros de imigração de Harry. A Heritage Foundation contestou essa decisão, pressionando por uma revisão. O príncipe Harry se mudou para os EUA com sua esposa Meghan em 2020, após deixar suas funções como membro da realeza ativa. Não está claro qual visto ele utilizou para entrar no país, enquanto Meghan, por ser cidadã americana, não enfrentou problemas de imigração.
A situação se complica ainda mais considerando a posição política de figuras públicas como o ex-presidente Donald Trump, que em fevereiro declarou que não iria deportar Harry, afirmando que o príncipe já enfrentava problemas suficientes devido ao seu casamento. Meghan, por outro lado, já foi uma crítica aberta de Trump, chamando-o de “misógino”.
Essa questão suscita discussões mais amplas sobre privacidade, acesso à informação pública e as responsabilidades de figuras públicas em relação às suas ações passadas. A expectativa agora gira em torno da liberação dos documentos e do impacto que isso poderá ter sobre a imagem de Harry e suas circunstâncias de imigração nos Estados Unidos. A pressão da Heritage Foundation pode sinalizar um movimento mais amplo em busca de responsabilidade sobre a transparência em questões de imigração, especialmente envolvendo celebridades e membros da realeza.
Leia o texto original em: https://www.bbc.com/news/articles/c3w13w757lgo