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O Roubo do Toalete de Ouro: O Crime na Blenheim Palace

Recentemente, um grupo de ladrões foi condenado pelo furto de um toalete de ouro avaliado em £4,8 milhões, que pertencia a uma exibição de arte no Blenheim Palace, um famoso ponto turístico na Inglaterra. O crime ocorreu em setembro de 2019, logo após uma festa de lançamento glamourosa e ousada organizada pelo artista Maurizio Cattelan.

Os ladrões, liderados por James Sheen, invadiram o palácio na calada da noite, utilizando carros roubados para arrombar os portões e devastar a segurança do local. Mesmo com a polícia chegando poucos minutos depois que o alarme foi acionado, os criminosos já haviam fugido com a obra de arte, que era também um banheiro funcional. Infelizmente, a obra jamais foi recuperada.

Durante o tribunal, descobriu-se que a gangue havia planejado meticulosamente o roubo, com Jones, um dos cúmplices, fazendo uma visita ao palácio um dia antes do crime, onde tirou fotos do toalete e da segurança. O toalete, feito de ouro, pesava cerca de 98 kg e, conforme os preços do ouro na época, era estimado em £2,8 milhões apenas pelo material.

James Sheen, que já tinha um longo histórico criminal ligado a fraudes e roubos, foi identificado como o ‘denominador comum’ entre os incriminados. Ele foi condenado a 17 anos de prisão por uma série de outros crimes relacionados e ainda não havia saído de outros processos quando foi preso pela última vez.

Um aspecto intrigante do caso foi a rápida comercialização do toalete. Apenas dias após o roubo, Sheen começou a procurar compradores e fez a abordagem a Fred Doe, que tentou ajudá-lo a vender o ouro sem saber que era roubado. A negociação não prosperou, mas Sheen foi acusado de vender parte do ouro em Birmingham.

A investigação revelou também falhas de segurança no Blenheim Palace. Não havia guardas patrulhando as áreas da exibição, e o toalete estava trancado atrás de uma porta fina sem monitoramento adequado de câmeras. A gangue enterrou os rastros da própria passagem por lá, tendo entrado e saído em menos de três minutos, de forma planejada e rápida.

Após o roubo, Sheen sustentou sua onda de crimes, realizando outros furtos, incluindo um valioso roubo de troféus na National Horseracing Museum. Sua carreira criminosa estava ligada a um lucro acumulado de mais de £5 milhões, levando muitos a questionar a eficácia do sistema de recuperação de ativos do Reino Unido. Em um contexto onde apenas 10% do lucro de cerca de £300 milhões de crimes foram recuperados na Inglaterra e País de Gales, a criminalidade parece pagar bem para muitos.

A situação levanta preocupações sobre a capacidade das autoridades em recuperar ativos de criminosos e a necessidade de uma revisão mais profunda nas práticas atuais. Os apelos por reformas têm aumentado para garantir que a criminalidade não seja um caminho lucrativo, e que aqueles prejudicados possam ver justiça sendo feita.

Enquanto isso, Sheen e seus cúmplices esperam por suas sentenças finais, e as investigações continuam com o intuito de recuperar os ativos perdidos. Os desdobramentos deste caso não somente capturaram a atenção dos meios de comunicação, mas também destacaram a fragilidade de sistemas de segurança em locais de grande valor cultural e histórico.

Texto escrito com base no artigo.