A batalha de uma mãe por educação inclusiva

Rebecca, uma mãe de 48 anos de Michigan, enfrentou desafios significativos ao buscar apoio educacional para seu filho adotivo de 13 anos, que possui síndrome do álcool fetal e TDAH. Após meses de isolamento escolar e alegações de discriminação, ela decidiu registrar uma reclamação junto ao Escritório de Direitos Civis (OCR) do Departamento de Educação dos EUA, alegando que seu filho foi negado uma educação pública adequada.
No outono passado, o filho de Rebecca havia sido suspenso várias vezes devido a explosões de agressão. Apesar do apoio de um advogado privado e de um defensor educacional, quando o caso dela estava prestes a avançar para uma mediação, a administração Trump demitiu o time do escritório de Cleveland, incluindo o advogado que trabalhar diretamente no caso, deixando Rebecca se sentindo desamparada e preocupada com o futuro do seu filho.
As demissões e a incerteza que se seguiram foram uma parte dos planos de Trump de reduzir drasticamente as operações do Departamento de Educação. Um novo decreto executivo direcionou a secretária de Educação, Linda McMahon, a começar a ‘facilitar o fechamento’ do departamento, embora apenas o Congresso possa legalmente desmantelar uma agência federal.
A pressão para esse fechamento resultou em cortes severos, com o OCR sendo um dos segmentos mais afetados. Das 12 sedes regionais, 7 foram fechadas, incluindo grandes cidades como Nova York e Chicago. Isso trouxe um sentimento de desespero entre advogados e pais que lutam por justiça educacional em casos de discriminação.
As novas diretrizes do OCR também parecem mudar a missão para priorizar casos envolvendo novas questões sociais, principalmente aqueles relacionados a ideologias políticas contemporâneas. Com um aumento no número de reclamações – 22.687 em 2024 – e uma equipe em queda, especialistas temem que os direitos educacionais de crianças com deficiências e minorias raciais não recebam a atenção necessária.
Enquanto isso, a luta de Rebecca continua. Ela transferiu seu filho para uma escola voltada para alunos com desafios emocionais, mas ainda busca que o OCR intervenha para personalizar o suporte educacional que seu filho merece. A falta de atualizações sobre seu caso, agora transferido para o escritório de Denver, tem sido angustiante.
Rebecca expressa seu desejo de responsabilizar a escola pelo tratamento inadequado que seu filho recebeu. A situação dela é emblemática das dificuldades que muitos pais enfrentam ao buscar direitos educacionais em um cenário administrativo tumultuado.
Texto escrito com base no artigo.