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A descoberta surpreendente sobre a água no universo

A origem da vida como conhecemos debatida em novas simulações.

Estudos recentes revelaram que a água pode ter se formado no universo apenas 100 a 200 milhões de anos após o Big Bang, desafiando a visão anterior de que isso ocorreria 500 milhões de anos depois. Muhammad Latif, coautor do estudo da Universidade dos Emirados Árabes, explicou que os primeiros milhões de anos do universo podem ter sido cruciais para a formação de água, um componente vital para a vida.

As primeiras gerações de estrelas, conhecidas como estrelas da População III, desempenharam um papel fundamental nessa descoberta. Com massas até centenas de vezes superiores à do Sol, essas estrelas evoluíram rapidamente e morreram em explosões de supernovas, lançando oxigênio e outros elementos pesados no espaço. Esses elementos teriam proporcionado as condições ideais para a formação de água nas primeiras nuvens gasosas.

Utilizando modelos numéricos, a equipe de Latif investigou as vidas de duas estrelas massivas, uma com 13 e outra com 200 vezes a massa solar. Sua pesquisa demonstrou que a movimentação de gás, alimentada pelas onda de choque das supernovas, criou densas aglomerações onde a água poderia se formar e sobreviver a radiações intensas.

Embora o modelo considerasse a formação de uma única estrela por aglomerado, a evidência teórica sugere que a formação de sistemas estelares múltiplos é a norma. Isso indica que as nuvens de água poderiam ser mais comuns, mas também estariam expostas a mais radiações. Mesmo assim, a expectativa é que a água pudesse sobreviver a essas condições adversas.

Outro aspecto debatido é a possibilidade de que a água na Terra possa ser de origem primordial. No entanto, é provável que cometas tenham desempenhado um papel importante na entrega de água ao nosso planeta, embora isso dependa da sobrevivência desses compostos durante eventos cósmicos turbulentos como a Época de Reionização.

A pesquisa também sugere que planetas ricos em água formados durante o início do universo podem emitir sinais que serão detectáveis nos próximos anos por telescópios como o ALMA e o Square Kilometer Array, que está em construção.

Caso essas emissões sejam identificadas, poderemos estar à beira de uma mudança significativa na compreensão da origem da vida no universo, a qual poderia ter ocorrido muito mais cedo do que se pensava anteriormente.

Texto escrito com base no artigo.