Desafios e Retos da Guerra: Experiências de Soldados Ucranianos

Recentemente, Artem Kariakin, um soldado ucraniano, compartilhou detalhes de sua última missão na cidade russa de Sudzha, onde sua unidade fez várias incursões antes de uma retirada caótica. Ele compartilhou um vídeo que mostra a destruição causada pelas forças em confronto, com veículos militares e civis queimados ao longo do caminho. Durante a fuga, a unidade enfrentou um ataque de drones, sendo um deles desativado antes que causasse danos significativos, mas o pânico era palpável.
A retirada de Sudzha, a maior cidade da região de Kursk sob controle ucraniano, foi considerada desorganizada por Artem, que explicou que as ordens para evacuação chegaram tarde e as tropas não conseguiam se comunicar adequadamente devido à falha nas linhas de comunicação. A Starlink, normalmente utilizada, não funcionou dentro da Rússia, o que complicou a situação.
Apesar da confusão na retirada, Artem viu o avanço em Kursk como um sucesso estratégico, pois forçou os russos a redirecionar suas tropas. Ele acredita que a ofensiva ucraniana, iniciada em agosto do ano passado, foi demasiado profunda e dependente de uma única rota de abastecimento. Enquanto isso, importantes líderes mundiais como Donald Trump e Vladimir Putin discutiam formas de dialogar sobre o término da guerra, situação que Artem considera absurda e desconectada da realidade vivida no campo de batalha.
A insatisfação de Artem sobre a abordagem dos EUA em relação ao conflito é notória, dada a sua frustração com a possibilidade de que seu lar na região de Luhansk seja ‘dado em troca’. No entanto, ele ainda acredita que a ofensiva de Kursk foi fundamental para a defesa de suas fronteiras. Para reforçar seu ponto, ele menciona a continuidade de incursões ucranianas não apenas em Kursk, mas também em Belgorod.
Serhiy, outro soldado, também exibe uma perspectiva semelhante em uma missão noturna para recuperar veículos blindados danificados. Natural de Rússia, ele agora luta do lado ucraniano, considerando que este combate é necessário para contrabalançar as tentativas russas de estabelecer uma zona de proteção no território ucraniano. A proximidade com a fronteira russa traz diversos perigos, como bombas e drones, mas a determinação de Serhiy em seguir com a missão é evidente.
Durante suas operações, as forças ucranianas enfrentam diversos obstáculos, incluindo destroços de ataques aéreos e a constante ameaça de drones russos. Quando finalmente localiza um veículo Bradley quebrado, é restaurado e levado para reparos, evidenciando a dependência da Ucrânia em relação ao suporte militar dos EUA. Contudo, a incerteza quanto ao futuro apoio americano devido às negociações de paz de Trump geram preocupações entre os soldados sobre a possibilidade de acordos desfavoráveis que possam surgir sem uma participação mais robusta da Europa.
Serhiy expressa ceticismo sobre a capacidade da Europa de suprir a ausência dos EUA, enfatizando que um cessar-fogo sem garantias e apoio robusto pode ser prejudicial para a Ucrânia. Apesar de um desejo de paz, ele destaca que isso não deve ser alcançado a qualquer custo, refletindo a complexa realidade e os desafios que continuam a afetar seu país.
Texto escrito com base no artigo.