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Força Multinacional na Ucrânia: O que Esperar?

A recente discussão em Londres sobre a potencial presença de tropas ocidentais na Ucrânia revelou que essa força multilateral, chamada de Força Multinacional Ucrânia (MFU), deverá ser encarada como uma “força de reassseguro” e não como uma força de manutenção da paz. O principal objetivo da MFU será solidificar um possível cessar-fogo e fomentar a confiança a longo prazo no país.

Com a previsão de cerca de 20.000 soldados, a MFU não será grande o suficiente para imponer uma paz. Em vez disso, as tropas, que virão de uma “coalizão dos dispostos”, se concentrarão em proteger cidades, portos e infraestruturas energéticas vitais. Essa abordagem busca distrair a Rússia, já que a MFU não deverá operar nas regiões leste da Ucrânia, próximas à linha de frente.

Os principais objetivos da MFU incluem proporcionar cobertura aérea à Ucrânia e garantir uma presença naval no Mar Negro para proteger as rotas comerciais. Além disso, a força internacional não terá a função de monitorar o cessar-fogo, que ficará a cargo das tropas ucranianas e de ativos de vigilância ocidentais.

É importante ressaltar que as forças internacionais não serão uma força de “tripwire” – uma força menor que a do adversário destinada a desestimular um ataque sem causar uma escalada do conflito. O número de 20.000 tropas aliadas terá um impacto militar limitado frente ao enorme contingente de soldados ucranianos e russos.

Uma das preocupações centrais nas discussões é como fornecer à Ucrânia os recursos militares que ela ainda não possui, particularmente capacidades aéreas. Debate-se sobre quais nações poderiam fornecer aeronaves de combate para garantir a segurança dos céus ucranianos durante um cessar-fogo, assim como estratégias de desminagem e a constituição de uma força naval para a presença no Mar Negro.

Por outro lado, a principal incerteza gira em torno da disposição dos Estados Unidos em oferecer qualquer apoio aéreo, satelital ou de inteligência para as forças europeias. Embora os EUA sinalizem relutância em oferecer um “backup” militar, a estratégia europeia se afunila em organizar da melhor maneira uma força independente para a segurança da Ucrânia.

Toda essa movimentação depende, é claro, da concretização de um cessar-fogo. Enquanto os EUA mantêm uma postura otimista, muitos ucranianos são céticos quanto à real intenção da Rússia em encerrar o conflito.

Texto escrito com base no artigo.