Frustração em cruzeiro de luxo por overbooking: saiba mais

Na última quinta-feira (20), o porto de Santos (SP) se tornou palco de uma situação alarmante quando mais de 100 passageiros foram impedidos de embarcar no cruzeiro temático de luxo Costa Pacífica. O evento, denominado “Energia On Board” e que prometia uma experiência divertida repleta de shows de ícones dos anos 1980, como Paulo Ricardo e Sandra de Sá, acabou gerando frustrações e um grande estresse psicológico entre os viajantes, devido ao que foi classificado como overbooking.
Overbooking é uma prática comum em várias indústrias, que ocorre quando as empresas vendem mais serviços do que são capazes de oferecer. No caso do Costa Pacífica, a situação se intensificou a ponto de passageiros, que pagaram entre R$ 5.000 e R$ 12.000 por cabines, encontrarem-se esperando em pé, muitos deles durante longas 14 horas, sem informações adequadas, e enfrentando a falta de água e alimentação durante o processo de embarque. Essa espera exaustiva resultou em um forte sentimento de revolta e frustração entre os afetados, levando até mesmo alguns a desistirem do cruzeiro e a voltarem para casa.
A experiência foi especialmente dolorosa para influenciadores digitais e outros passageiros, como Wallace “Pulga”, que compartilharam detalhes da situação nas redes sociais. Pulga chegou a relatar que, além da ansiedade e do estresse, ele e outros passageiros enfrentaram custos adicionais, como estacionamentos que custaram R$ 250. “É uma frustração psicológica geral, todo mundo revoltado”, declarou ele em suas postagens, ressaltando a indignação coletiva da situação.
Em resposta à crise, a Costa Cruzeiros informou que o overbooking foi uma responsabilidade da On Board Entretenimento, a empresa que fretou o navio e cuidou da lista de passageiros. De acordo com a companhia, a administração do cruzeiro e o controle do embarque estavam sob responsabilidade do afretador, e não da Costa.
A On Board Entretenimento foi contactada pela CNN, porém, não respondeu aos pedidos de esclarecimento. A situação está agora sob investigação da polícia, onde um homem de 40 anos é suspeito de vender passagens em excesso para o cruzeiro. Seis passageiros já registraram boletins de ocorrência, e a 5ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) trata o caso como estelionato.
Esse episódio levanta questões importantes sobre os direitos dos consumidores e a responsabilidade das empresas em garantir serviços adequados. Passageiros frustrados não estão apenas lidando com perdas financeiras, mas também com um impacto emocional significativo resultante da experiência negativa. Para os próximos eventos, é imprescindível que as empresas sejam mais criteriosas com suas vendas e que protocolos mais rigorosos sejam implementados para evitar que situações como essa se repitam.
Texto escrito com base no artigo.