Golpista se passando por médico é preso em Copacabana
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu um importante passo na luta contra fraudes em profissões da saúde ao prender Bruno Scott, um golpista que se fazia passar por médico em Minas Gerais. A operação ocorreu no último sábado (22) em um hotel na famosa praia de Copacabana, onde Scott passou o fim de semana com amigos, sem imaginar que seria cercado pela polícia.
Bruno Scott, que tinha um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Minas Gerais, foi detido em um trabalho de inteligência que envolveu a análise de dados para sua localização. Ele estava foragido desde que foi descoberto se passando por médico em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em um hospital, serviços que prestou de forma ilegal desde 2014.
O caso teve início quando Scott utilizou documentos roubados de um ex-companheiro, que é médico, para conseguir o emprego. Ele foi capaz de alterar fotos e informações em diplomas e documentos pessoais, assumindo uma identidade que não lhe pertencia. A fraude foi desmascarada quando a equipe médica começou a notar inconsistências em seu desempenho durante os plantões.
O delegado Ângelo Lages relatou que, após rapidamente verificar as suspeitas com o hospital de origem do verdadeiro médico, a fraude de Bruno foi exposta e o caso denunciado à Polícia Civil. Contudo, na sequência, o golpista desapareceu, evadindo-se de Minas Gerais e vivendo em local incerto durante anos.
Em 2023, a Justiça decretou a prisão preventiva de Scott, ainda sob a acusação de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e uso de identidade falsa. A defesa de Bruno tentou um habeas corpus, mas este foi negado.
Além de sua atuação fraudulenta como médico, Bruno Scott possui um passado criminal em outros crimes, incluindo furto qualificado e tráfico internacional de drogas, em 2015. Ele foi encontrado pela polícia em um momento crucial, garantindo que ele agora está sob custódia, à disposição da Justiça.
A prisão de Bruno Scott destaca a importância da vigilância nas áreas críticas da saúde, onde vidas estão em jogo. Casos como esse lembram a sociedade da necessidade de verificar credenciais e manter a fiscalização rigorosa sobre profissionais da saúde.
Texto escrito com base no artigo.