Polícia Federal desmantela quadrilha de roubo de cargas em SP

Na manhã desta segunda-feira (24), a Polícia Federal de São Paulo deu um golpe significativo em uma organização criminosa de roubo de cargas durante a “Operação Hammare”. A operação resultou na prisão de 17 integrantes de uma quadrilha que se destacava pelo luxo ostentado, incluindo veículos Ferrari e Lamborghini, além de lanchas e imóveis de alto padrão.
Os criminosos eram responsáveis por uma série de crimes, abrangendo roubos de caminhões, desmanches, receptação e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, a organização se estabeleceu principalmente no estado de São Paulo, mas seus tentáculos iam muito além, alcançando diversos estados brasileiros. Estima-se que o grupo tenha realizado cerca de cinquenta roubos identificados entre 2021 e 2024.
Durante a operação, que mobilizou cerca de 110 policiais federais e 100 da Polícia Militar Rodoviária, foram cumpridos 16 mandados de prisão e um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Uma mulher, no entanto, permanece foragida. Além disso, bens e valores ligados à quadrilha foram sequestrados, incluindo quantias que chegam a setenta milhões de reais.
A investigação teve início em julho de 2023, após um roubo de carga em Cajamar, e revelou que os líderes da organização desfrutavam de uma vida luxuosa, adquirindo veículos de prestígio e frequentando eventos de elite. Essa realidade contrasta com as atividades criminosas que sustentavam seu estilo de vida extravagante, evidenciando a complexidade e a audácia do grupo.
Dividida em três grupos especializados, a organização se focava em roubo, desmanche e receptação. A decisão de desarticular primeiro o braço de roubadores surgiu da necessidade de combater a operação criminosa de forma eficaz. A Polícia Federal havia realizado outras operações, como Aboiz e Cacaria, que resultaram na prisão de diversos envolvidos, contribuindo para a coleta de provas que culminaram na “Hammare”.
O nome da operação, “Hammare”, que significa “martelo” em sueco, faz referência ao instrumento utilizado pelos assaltantes para quebrar vidros dos veículos durante as abordagens, bem como à especialização da organização nas marcas suecas de caminhões, refletindo sua sofisticação e organização interna.
Texto escrito com base no artigo.