Fofoca ou Babaleia?

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu um retrato do presidente russo, Vladimir Putin. Este presente, destacado como uma “doação pessoal”, ainda não foi revelado ao público. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que somente Putin poderia compartilhar mais detalhes sobre a obra.

Enquanto isso, Trump usou sua rede social, Truth Social, para criticar uma pintura que já estava exposta no Capitólio do Colorado, chamando-a de “verdadeiramente a pior imagem”. Essa atenção de Trump à sua imagem não é novidade – em janeiro, ele apresentou um retrato oficial que gerou opiniões divergentes entre críticos, que o descreveram como sério ou até ameaçador.

Steve Witkoff, enviado de Trump, confirmou o recebimento do retrato, descreveram-no como um “lindo retrato” feito por um “importante artista russo”. Contudo, ele não ofereceu mais informações sobre a obra recebida. Trump parece ter ficado sensibilizado com o gesto, segundo Witkoff.

Este presente ocorre em um contexto de negociação entre EUA e Rússia, que voltou a ganhar destaque com a reaproximação dos países desde que Trump assumiu a presidência novamente. Witkoff mencionou que Putin se mostrou “gracioso” e que orou por Trump após uma tentativa de assassinato sofrida por ele no ano passado, que gerou uma das imagens mais emblemáticas do ex-presidente.

A tentativa de assassinato ocorreu durante um comício na Pennsylvania e resultou em uma famosa fotografia de Trump, que foi usada na capa de um livro. Essa imagem, acompanhada de sua atitude desafiadora no momento, se tornara um símbolo do seu caráter.

Trump não se pronunciou sobre o retrato que Putin lhe enviou, mas foi claro ao expressar seu desagrado pela pintura do Colorado, que, segundo ele, foi “distorcida” a um nível inusitado. Ele elogiou a representação de Barack Obama feita pela mesma artista, Sarah Boardman, uma rara ocasião em que Trump elogiou seu antecessor.

A polêmica em torno da pintura do Colorado se intensificou, pois Trump a utilizou para criticar o governador do estado, Jared Polis, descrevendo-o como “radical” e “extremamente fraco em crime”. Contudo, a obra não teve relação direta com o governador, tendo sido resultado de uma campanha de financiamento que buscava preencher um espaço vazio no Capitólio.

Além disso, o clima de reações sobre retratos presidenciais foi abordado por artistas, que salientam que a percepção pública em relação a uma obra está frequentemente carregada de opiniões decorrentes da posição política do espectador. Isso demonstra que a arte, mesmo em sua forma mais formal, é muitas vezes influenciada pelo contexto social e político.

Por fim, um porta-voz de Polis afirmou estar surpreso com o interesse de Trump pelas obras de arte do Capitólio do Colorado, indicando que sempre buscam melhorar a experiência dos visitantes.

Texto escrito com base no artigo.