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Igreja da Unificação é desmantelada no Japão

Um tribunal japonês decidiu pelo desmantelamento da controvertida Igreja da Unificação, também conhecida como ‘Moonies’, após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em 2022. O suspeito do crime confessou que tinha uma animosidade contra Abe por conta das ligações do ex-líder político com a igreja, que, segundo ele, havia provocado a falência de sua família.

A Igreja da Unificação é acusada pelo Ministério da Educação e Cultura do Japão de manipular seguidores para que fizessem doações exorbitantes e sacrifícios financeiros. Contudo, representantes da igreja defendem que tais doações fazem parte de atividades religiosas legítimas e já manifestaram intenção de recorrer da decisão que os penaliza.

O tribunal de Tóquio, que emitiu a ordem de dissolução, determinou também que a igreja perdesse seu status de isenção fiscal e liquidadasse seus ativos, mas decidiu que a instituição ainda poderia operar no Japão. Na investigação, aproximadamente 200 indivíduos relataram terem sido vítimas das práticas coercitivas da igreja, que manipulava medos espirituais para forçar a compra de itens caros.

Fundada na Coreia do Sul, a Igreja da Unificação se estabeleceu no Japão na década de 1960 e é conhecida por suas cerimônias de casamento em massa, onde milhares de casais se unem. As polêmicas que a cercam não são novidades, tendo suas doutrinas sido questionadas antes mesmo do assassinato de Abe, que ressaltou laços perigosos entre a igreja e membros do partido governista no Japão.

Após a morte de Abe, cerca de 200 ex-fieis processaram a igreja, reivindicando uma compensação somando 5,7 bilhões de ienes (aproximadamente 38,5 milhões de dólares), segundo seus advogados. Investigações revelaram que muitos deputados conservadores do Partido Liberal Democrático (PLD) tinham vínculos com a seita, levando à demissão de quatro ministros na sequência das revelações.

Artigo redigido com base no texto.