Prisões e tráfico: a queda de ‘Dona Maria’ na Bahia

A prisão de Jasiane Silva Teixeira, conhecida como “Dona Maria”, ocorreu na última quarta-feira, 26 de julho, após decisão da Justiça da Bahia que decretou sua prisão preventiva. Acusada de ser uma das principais líderes do tráfico de drogas no estado, Dona Maria é alvo de uma complexa investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MPBA).
Dona Maria já havia sido detida anteriormente em janeiro deste ano em São Paulo, onde foram encontrados em sua posse R$ 66 mil, além de 10 celulares e documentos que comprovam sua participação nas atividades de tráfico. Durante a abordagem policial, ela tentou destruir provas, evidenciando a gravidade de sua atuação criminosa.
A decisão da Justiça em decretar a prisão preventiva foi fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública e econômica, além de evitar que a acusada interferisse na instrução criminal ou tentasse fugir. Essa medida visa assegurar que o processo legal transcorra sem subterfúgios por parte da investigada.
As investigações revelam que Dona Maria é uma figura central na administração de uma facção criminosa que opera no tráfico de drogas em Vitória da Conquista, na Bahia. Suas responsabilidades incluíam a contabilidade e o fluxo de caixa da organização, onde ela utilizava diversas contas bancárias para ocultar os lucros obtidos com atividades ilícitas, optando por depósitos fracionados para dificultar o rastreamento. Esse método camufla efetivamente o dinheiro proveniente do tráfico, dificultando a atuação das autoridades no combate aos crimes financeiros e narcotráfico.
Além das acusações por tráfico, Dona Maria enfrenta também quatro ações penais relacionadas a homicídio, o que a coloca em uma situação legal alarmante. Sua inclusão no “Baralho do Crime” da Secretaria de Segurança Pública da Bahia reforça sua notoriedade e periculosidade no meio criminoso. A Justiça já determinou sua transferência para a Bahia, onde as autoridades poderão dar continuidade ao processo e garantir que Dona Maria responda por seus atos.