Verão 2024/2025: Brasil registra temperaturas extremas
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelou que o verão de 2024/2025 no Brasil foi um dos mais quentes já registrados, ocupando a sexta posição desde 1961, com temperaturas que atingiram 0,34° C acima da média histórica. Esse dado foi divulgado na última quarta-feira (20) e repercutido pelo Climatempo, gerando preocupação sobre os padrões climáticos no país.
As temperaturas elevadas afetaram várias regiões, em especial o Rio Grande do Sul, que registrou três ondas de calor significativas. Essa situação é um reflexo de uma tendência maior: desde a década de 1990, os dados mostram um aumento constante das temperaturas médias no Brasil. A alteração climática é um tema que preocupa climatologistas e meteorologistas, e o comportamento dos termômetros é um indicativo de um fenômeno grave em andamento.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) também se manifestou sobre a situação climática. De acordo com seus estudos, a última década foi mais quente do que a anterior, fato que reforça a relação entre o aquecimento global e as emissões de gases do efeito estufa que continuam aumentando. Maria Clara Sassaki, meteorologista e porta-voz da Tempo OK, explica que existem diversos fatores que contribuíram para o aumento das temperaturas, com o aquecimento das águas dos oceanos sendo um dos principais indicadores destes fenômenos.
Um fator que não pode ser ignorado é a influência do fenômeno climático conhecido como El Niño. Segundo o Inmet, o ano de 2024 esteve sob os efeitos desse fenômeno, que ocasiona o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e, consequentemente, traz alterações significativas nas condições climáticas em diversas regiões do Brasil e do mundo.
Essas mudanças climáticas são preocupantes, já que impactam diretamente a vida da população, a agricultura e os recursos hídricos. É fundamental discutir e implementar políticas públicas que possam mitigar esses efeitos, além de promover a conscientização sobre a importância de reduzir as emissões de carbono e proteger o meio ambiente. Enquanto as temperaturas continuam a subir, a necessidade de agir de forma responsável se torna cada vez mais urgente.