Estudante da Cornell deixa os EUA após revogação de visto

Recentemente, um estudante da Universidade Cornell, Mamadou Taal, decidiu deixar os Estados Unidos após a revogação de seu visto de estudante devido a atividades de protesto relacionadas ao conflito Israel-Gaza. Taal, que possui cidadania do Reino Unido e da Gâmbia, foi colocado em uma situação difícil por se manifestar contra políticas de Israel durante protestos em seu campus.
Ele havia movido uma ação judicial para tentar impedir sua deportação, mas, após a negação de um pedido para adiar a remoção, Taal optou por deixar o país, declarando que está fazendo isso “livremente e com a cabeça erguida”. Em suas postagens nas redes sociais, ele expressou perda de fé no sistema judiciário, temendo por sua segurança pessoal e capacidade de livre expressão.
As ações do governo Trump têm se intensificado em relação a estudantes internacionais que participam de protestos anti-Israel em universidades americanas. De acordo com o Secretário de Estado Marco Rubio, ao menos 300 vistos de estudantes foram revogados por conta de tais envolvimentos. Sob a justificativa da legislação de imigração e nacionalidade, o governo pode expulsar não-cidadãos que são vistos como uma ameaça aos interesses de segurança e política externa dos Estados Unidos.
Operações como estas geraram críticas de diversos setores, que acusam a administração de violar os direitos de liberdade de expressão. Outro exemplo é o caso da estudante indiana Ranjani Srinivasan, que também decidiu deixar os EUA e afirmou ser apenas uma estudante, sem qualquer ligação com terrorismo ou grupos de resistência.
Esse aumento nas deportações de estudantes pró-Palestina tem gerado um debate acirrado sobre liberdade de expressão e os limites da ação governamental em relação a manifestações pacíficas. A expectativa é que essas situações façam com que mais estudantes reconsiderem suas metodologias de protesto e engajamento político em campus universitários.