Latam é condenada por atrasar voo e clientes perdem casamento

Em um caso inusitado que ganhou destaque na justiça brasileira, uma passageira da Latam foi indenizada por perdas significativas devido a atrasos em seu voo. O ocorrido, que se desenrolou em agosto de 2024, resultou na perda de um compromisso pessoal importante, a cerimônia de casamento de sua amiga, um dos momentos mais especiais em que seu papel seria como madrinha. A decisão foi divulgada em fevereiro, revelando as falhas da companhia aérea em sua responsabilidade em manter o serviço adequado aos passageiros.
A mulher havia reservado um voo com saída de Belo Horizonte (MG) e conexão em São Paulo (SP), com destino final a Goiânia (GO). Com um atraso de 30 minutos em seu primeiro voo, a passageira perdeu a conexão para o seu destino final, agravando ainda mais a situação ao ficar sem sua mala, que foi extraviada. Segundo relatos da passageira, a Latam apenas ofereceu assistência insuficiente, mandando-a esperar em filas longas, totalizando mais de três horas sem soluções efetivas.
O juiz Rodrigo de Castro Ferreira tomou a decisão de condenar a Latam a pagar uma indenização total de R$ 18.752,76, que inclui R$ 6.751,76 por danos materiais e R$ 12.000,00 por danos morais. Na sentença, o juiz justificou que a perda do evento social, somada ao extravio da bagagem e à falta de assistência, vai além do abarrotamento comum de situações enfrentadas por passageiros de companhias aéreas.
Esse caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade das empresas aéreas no Brasil, especialmente em situações em que os passageiros enfrentam problemas que vão além de atrasos normais. Para muitos, voar é uma experiência que deve ser segura e tranquila, e quando ocorrem falhas, as companhias devem assumir a responsabilidade e oferecer compensações justas. Este caso específico reflete como as experiências pessoais de clientes podem ser seriamente impactadas por erros das empresas.
Ao procurar a Latam para comentários sobre a decisão judicial, a companhia preferiu não se manifestar, alegando não comentar questões judiciais em andamento. Essa postura é comum entre as companhias aéreas, mas muitos passageiros esperam por mais transparência e responsabilidade no atendimento das suas necessidades, especialmente em momentos críticos como eventos familiares.