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Tensão em Mianmar: Tiroteio em Comboio Humanitário

Na noite de terça-feira, o exército de Mianmar disparou contra um comboio da Cruz Vermelha Chinesa que transportava suprimentos de socorro após um terremoto devastador. A Ta’ang National Liberation Army, um grupo rebelde armado, informou que o comboio, composto por nove veículos, foi atingido por metralhadoras enquanto se dirigia para Mandalay, cidade severamente afetada pelo terremoto de magnitude 7,7 que ocorreu na sexta-feira passada.

A junta militar de Mianmar afirmou que está investigando o incidente e negou que suas tropas tenham disparado diretamente contra os veículos. Segundo eles, os disparos foram realizados para o alto após o comboio não acatar um sinal para parar. A situação se tornou mais complicada em um país devastado pelo conflito civil, onde a violência aumentou após o golpe de Estado de 2021.

O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que sua equipe de resgate e os suprimentos estavam seguros e expressou a esperança de que todas as partes em Mianmar priorizassem os esforços de socorro ao terremoto. Desde a tragédia, a situação humanitária em Mianmar se agravou, com mais de 2.700 mortes confirmadas, embora muitos acreditam que o número real seja ainda maior.

Agências de ajuda internacional e governos estrangeiros têm enviado pessoal e suprimentos para as regiões afetadas. Um porta-voz militar relatou que os soldados tentaram parar o comboio assim que o avistaram, mas os veículos continuaram seu percurso.

Enquanto o grupo rebelde TNLA acompanhava a missão da Cruz Vermelha, alegaram que haviam notificado as autoridades militares sobre a passagem do comboio em direção a Mandalay. Após o incidente, os militantes afirmaram que continuariam sua jornada depois de retornar a Naungcho, cidade próxima.

Embora alguns grupos rebeldes tenham anunciado um cessar-fogo para facilitar os esforços de ajuda humanitária, a junta militar se recusou a fazer o mesmo, mantendo operações de defesa sob a alegação de que os grupos armados étnicos continuavam se treinando para ataques. A ONU classificou os recentes ataques aéreos da junta como completamente inaceitáveis.