Escândalo de corrupção no caso de delator do PCC em SP

A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo solicitou o arquivamento da investigação contra delegados, incluindo o deputado estadual Delegado Olim. Essa decisão acontece após a delação de Vinícius Gritzbach, delator do PCC que foi assassinado em novembro do último ano. Gritzbach afirmou que pagou R$ 5 milhões, sendo R$ 800 mil em honorários e o restante em propina ao seu advogado, que supostamente tinha laços com policiais civis e delegados, incluindo o deputado.
De acordo com os relatos, o dinheiro teria como objetivo retirar o passaporte de Gritzbach, desbloquear seus bens congelados pela Justiça e desviá-lo de uma investigação em andamento. No entanto, o Ministério Público alegou a ‘inexistência de indícios’ que ligassem os citados aos crimes mencionados por Gritzbach, o que facilitou a decisão pelo arquivo da investigação.
O assassinato de Gritzbach ocorreu nas imediações do Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro de 2024. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que ele tentava se proteger após os primeiros disparos, evidenciando a brutalidade da ação. As investigações apontam que este crime pode ter sido motivado por vingança, devido a desavenças passadas relacionadas a homicídios envolvendo membros de facções criminosas.
Entre os suspeitos do crime, estão Emílio Carlos Gongorra e Diego Amaral, identificados como mandantes e amigos íntimos de vítimas de Gritzbach. No total, oito pessoas foram indiciadas, incluindo seis pelo homicídio e duas por favorecimento.
Esse caso se destaca não apenas pela gravidade das acusações de corrupção envolvendo figuras do sistema policial, mas também pela necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre a relação entre o crime organizado e os agentes de segurança pública.