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Tragédia na Praia: Morte de Filhotes de Tartarugas

Recentemente, um trágico incidente ocorreu na Praia Peito de Moça, em Luís Correia, no Piauí, onde cerca de 50 filhotes de tartarugas marinhas foram encontrados mortos logo após a desova. Esses animais, ao invés de seguir para o mar, foram atraídos pelas luzes do continente e morreram por desidratação. A situação foi reportada por uma moradora que acionou o Instituto Tartarugas do Delta, cuja missão é a proteção e monitoramento das tartarugas na região.

A bióloga e vice-presidente do Instituto, Werlanne Magalhães, alertou sobre os perigos da poluição luminosa, uma das principais ameaças às tartarugas marinhas durante seu período de desova. A luz, especialmente a branca, desorienta tanto as fêmeas quanto os filhotes, levando-os a destinos perigosos e, muitas vezes, fatais. Infelizmente, esse não é um caso isolado; outras ocorrência de similar natureza já foram registradas ao longo do litoral piauiense, que é o menor do Brasil, com apenas 66 km de extensão.

Os filhotes encontrados ocupavam não apenas a areia da praia, mas também invadiram o terraço de uma residência próxima, o que destaca a urgência em abordar a questão da poluição luminosa na região. Werlanne ressaltou que a Praia Peito de Moça enfrenta problemas graves, especialmente durante a maré alta, quando as tartarugas chegam à área de grama, dificultando a identificação de seus rastros e, consequentemente, a proteção dos ninhos.

O Instituto Tartarugas do Delta também descartou a hipótese de que as mortes tenham sido causadas por ações criminosas, reafirmando que o principal inimigo das tartarugas é a iluminação artificial. O atropelamento de tartrugas em vias adjacentes também tem sido um problema crescente, aumentando o dilema que os jovens filhotes enfrentam ao tentarem chegar ao mar.

Além da urgência de se falar sobre a poluição luminosa, é fundamental que a sociedade tome consciência do papel essencial que as tartarugas desempenham no equilíbrio do ecossistema marinho. Elas ajudam a manter a cadeia alimentar e, se não forem protegidas, isso poderá afetar a dinâmica de todo o ambiente, incluindo, por exemplo, a relação entre tubarões e seres humanos.