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Mercados dos EUA e Tarifa: Incertezas e Oscilações Estrondosas

Na segunda-feira, o mercado financeiro dos Estados Unidos conseguiu estabilizar suas perdas, mesmo diante das crescentes ameaças de tarifas do presidente Donald Trump sobre a China. O índice S&P 500, que reúne as 500 principais empresas do país, encerrou o dia com uma queda de aproximadamente 0,2%, refletindo um dia marcado por oscilações drásticas, que foram comparadas às variações mais intensas desde o início da pandemia de Covid-19.

A esperança dos investidores se sustenta na possibilidade de que Trump mude sua abordagem de tarifação para negociações comerciais mais favoráveis. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou estar iniciando conversas com o Japão e está ansioso para dialogar com outros países, enquanto Trump indicou que espera que algumas tarifas sejam permanentes, e outras, passíveis de negociação. Essa ambiguidade levou a uma grande incerteza no mercado financeiro.

Após o anúncio das tarifas, os mercados sofreram suas piores quedas diárias, tanto nos EUA quanto no Reino Unido, desde o início da pandemia em 2020. O S&P 500 perdeu mais de 10% de seu valor em um período de três dias, aproximando-se de quedas semelhantes às da crise financeira de 2008 e no início da pandemia de COVID-19. Atualmente, o índice está negociando em níveis que foram vistos há cerca de um ano, refletindo as preocupações abrangentes sobre o impacto das tarifas nas economias dos EUA e mundial.

Investidores como Mike Mussio, presidente da FBB Capital, expressaram frustração, entendendo que os movimentos da política comercial podem ser considerados um erro não forçado. Líderes empresariais proeminentes nos EUA começaram a se manifestar contra a instabilidade do mercado, mirando nos danos que as tarifas podem causar às empresas e à economia em geral.

Trump manteve sua postura cautelosa, ameaçando impor tarifas adicionais de 50% sobre as importações da China, se o país não retirar as medidas retaliatórias que anunciou. Essa nova tarifa, somada a outras já em vigor, poderia elevar a taxação sobre os produtos chineses para mais de 104%.

Analistas alertam que, caso os líderes mundiais não consigam chegar a um acordo comercial, as tarifas podem levar a um impacto destrutivo nas economias globais. O diretor de investimentos da AJ Bell, Russ Mould, destacou que existe uma preocupação crescente sobre o impacto que esses movimentos possam ter nos lucros corporativos e na desaceleração do crescimento econômico.

Durante as negociações de segunda-feira, o S&P 500 chegou a cair mais de 20% desde o seu pico em fevereiro, o que seria classificado como um “mercado em baixa”. Entretanto, um rumor de que a Casa Branca estaria considerando suspender as tarifas fez com que as ações disparassem em poucos minutos. Howard Silverblatt, analista sênior de índices da S&P Dow Jones, comentou que as flutuações no mercado são imensas e refletem a grande incerteza que permeia o ambiente econômico.

Enquanto isso, outros índices também apresentaram quedas, como o Dow Jones Industrial Average, que encerrou com uma baixa de 0,9%, enquanto o Nasdaq permaneceu estável, com uma leve alta de 0,1%. Mercados europeus também fecharam em queda, com o FTSE 100 de Londres caindo 4,4%, atingindo seu nível mais baixo em mais de um ano. A queda nos índices refletiu um ambiente de medo e insegurança, culminando em perdas acentuadas nos preços do petróleo e do cobre, enquanto o ouro, tradicionalmente considerado um investimento seguro, também sofreu queda.