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As Decisões Estrondosas de Trump na Política Externa

Nos primeiros meses de seu segundo mandato, o presidente dos EUA, Donald Trump, tomou decisões ousadas em relação à política externa. Ele ameaçou anexar a Groenlândia, anunciou planos de “assumir” Gaza e iniciou a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Além disso, Trump fechou a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), principal agência de ajuda externa do governo.

Uma pesquisa recente do Pew Research Center indicou que muitas dessas ações não são bem recebidas pelos americanos. Com uma amostra de 3.605 adultos americanos, a pesquisa foi realizada em março e antecedeu a implementação de tarifas comerciais abrangentes por Trump.

Um dos temas polêmicos foi a Groenlândia. Embora Trump tenha intensificado seu discurso sobre a possibilidade de adquirir a ilha dinamarquesa, 54% dos entrevistados se opuseram à ideia de que os EUA tomassem posse do território. Além disso, 34% dos respondentes acreditavam que Trump não colocaria esse plano em prática.

Outra proposta polêmica foi a de um domínio americano na Faixa de Gaza, onde Trump sugeriu realocar palestinos em países vizinhos, algo que a ONU considerou como “limpeza étnica” e violação do direito internacional. A oposição a essa ideia foi forte, com 62% dos entrevistados desaprovando-a, enquanto apenas 15% a apoiaram.

As ações de Trump relacionadas à OMS e ao Acordo de Paris também desaceleraram a aprovação de sua política externa. A pesquisa indicou que mais americanos desaprovam do que aprovam essas medidas, embora a diferença não seja acentuada. Além disso, Trump mudou sua abordagem em relação à Rússia, inicialmente dizendo que buscaria um diálogo próximo com o presidente Putin, mas depois expressou descontentamento com os resultados das negociações sobre a Ucrânia.

No que diz respeito à política israelense, o relacionamento de Trump com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se fortaleceu. Embora 31% dos entrevistados sentissem que Trump favorecia Israel em excesso, a maioria dos respondentes não tinha certeza sobre a balança que ele mantinha entre israelenses e palestinos, com 37% respondendo que estavam inseguros sobre a posição de Trump.

A pesquisa também destacou a polarização em relação à política externa de Trump, revelando que a maioria dos republicanos apoiava suas ações, como o fechamento da USAID, enquanto apenas 9% dos democratas se mostraram favoráveis. Além disso, foi notado que os adultos mais velhos tendem a apoiar mais as ações de Trump do que os mais jovens.

Por fim, a questão das tarifas impostas à China foi abordada. Apesar de a pesquisa ter sido conduzida antes da escalada da guerra comercial, mais americanos relataram que as tarifas seriam prejudiciais pessoalmente, embora os republicanos vissem essas medidas como benéficas para os EUA.