Barreira de Proteção na Barra do Una Combate Erosão Costeira

A construção de uma barreira de proteção na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) da Barra do Una, em São Sebastião, promete ser uma importante medida contra a erosão costeira que afeta a região. Com o avanço do mar e eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, a obra, que terá início em breve, busca não apenas proteger a faixa litorânea, mas também a comunidade local que depende da área para sua subsistência.
O projeto será coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), que começará com a construção de uma barreira de enrocamento. Esta estrutura, feita de pedras, areia e cimento, terá até três metros de altura e se estenderá por 200 metros ao longo da estrada, servindo como um importante controle ao fluxo de água no local.
De acordo com Natália Resende, a secretária estadual de Meio Ambiente, a iniciativa demonstra o compromisso do governo em agir com agilidade e responsabilidade. “Estamos protegendo tanto o meio ambiente quanto o modo de vida das famílias que vivem aqui”, afirma a secretária, destacando a importância da obra para a população local.
A Fundação Florestal, envolvida no processo, também dará suporte às comunidades tradicionais que habitam a região. Seguindo a construção da barreira, está prevista a restauração da vegetação de restinga, essencial para o equilíbrio ecológico da área.
A erosão costeira é um fenômeno natural, embora sua intensidade tenha aumentado devido à migração da desembocadura do Rio Una e à ocorrência de eventos climáticos severos. Esses fatores têm contribuído para a perda de áreas de praia, afetando a vegetação nativa e colocando em risco edificações na proximidade da costa.
O investimento na obra integra um plano mais amplo, o Plano de Adaptação e Resiliência Climática da Semil, que visa proteger e preservar zonas costeiras frente às mudanças climáticas. Além de diminuir os impactos da erosão, a barreira de enrocamento pode também servir como um exemplo de como a infraestrutura pode ser adaptada para conviver com as forças da natureza.