Estudantes de Medicina Zombam de Paciente e Geram Revolta

Recentemente, um episódio lamentável repercutiu nas redes sociais e na imprensa brasileira, envolvendo duas estudantes de medicina que zombaram da situação de uma jovem paciente gravemente enferma. O caso gerou revolta e denúncias de injúria, destacando a importância da ética em ambientes acadêmicos e profissionais de saúde.
Vitória Chaves da Silva, uma jovem de 26 anos, passou por três transplantes de coração e um transplante de rim devido a uma cardiopatia congênita chamada Anomalia de Ebstein. Infelizmente, ela faleceu em decorrência de choque séptico e insuficiência renal crônica, enquanto estava internada no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. Não obstante essa tragédia, duas estudantes filmasse um vídeo em que ridicularizam a condição de Vitória, chamando a atenção para a falta de empatia e respeito dentro da formação médica.
As estudantes, identificadas como Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, estavam no hospital para um curso de extensão. Ambas pertencem a instituições diferentes, sendo Gabrielli da Anhembi Morumbi, em São Paulo, e Thaís da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh), em Minas Gerais. A gravidade do episódio gerou uma resposta instantânea das universidades, que lamentaram a atitude das alunas, afirmando que os comportamentos descritos não refletem os princípios que deveriam guiar a formação médica.
O vídeo, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, foi gravado pouco antes da morte de Vitória. Durante a gravação, as estudantes comentam a sua condição de saúde de forma desrespeitosa, insinuando que a jovem estaria ‘achando que tem sete vidas’. Essa falta de sensibilidade levantou questões sobre a formação ética e humanizada dos futuros médicos e suas responsabilidades.
Após a repercussão negativa, os órgãos responsáveis iniciaram investigações. O caso, que está sendo tratado como injúria pela polícia, chamou a atenção do Ministério Público de São Paulo. Em nota, o MP informou que uma notícia de fato foi protocolada e o caso está em análise.
Esse episódio não é apenas um alerta sobre as atitudes de alguns estudantes em relação a pacientes, mas também uma reflexão sobre a importância de uma formação que valorize a humanidade e o respeito ao próximo. Médicos e estudantes de medicina devem estar conscientes da fragilidade de seus pacientes, e a promoção de uma cultura de empatia e ética deve ser uma prioridade nas instituições de ensino.
A morte de Vitória, um forte testemunho de superação e luta, não deve ser esquecida. A sua história e a indignação causada por esse episódio precisam motivar mudanças nas práticas educacionais, garantindo que futuras gerações de médicos e profissionais de saúde compreendam o verdadeiro significado de cuidar do próximo.