Operação Falsas Promessas: 24 presos por esquema de rifas

Nesta quarta-feira (9), a operação Falsas Promessas resultou na prisão de 24 pessoas, incluindo sete policiais, suspeitas de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e manipulação de resultados de rifas ilegais na Bahia. Entre os envolvidos estão rifeiros, influenciadores e até humoristas, refletindo o alcance desta organização criminosa que atuava nas redes sociais.
Dentre os principais detidos está José Roberto Santos, conhecido como “Nanan Premiações”, um dos rifeiros mais famosos do estado. Ele e sua esposa, Gabriela Silva, eram responsáveis por divulgar rifas valiosas, como carros de luxo e viagens internacionais, enquanto ostentavam um estilo de vida luxuoso. Gabriela, por sua vez, usou as redes sociais para se queixar de estar sendo “perseguida” pela polícia, afirmando que foi acordada com uma batida policial em sua residência.
Outro nome que se destacou é o humorista Franklin Reis, que possui mais de 1 milhão de seguidores com seu personagem “Neca” e também participava da divulgação das rifas. Junto a ele, Ramhon Dias, conhecido por seu perfil “Máquina de prêmios”, e Josemário Lins, da “Fábrica de Sonhos”, também foram capturados. Ambos promoviam rifas de prêmios luxuosos e cultivavam aparências glamourosas nas redes sociais.
A operação também culminou na prisão de sete policiais militares, entre eles Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, que já havia se manifestado sobre tentativas de difamação contra sua reputação. Perante as autoridades, ele tinha um podcast sobre segurança pública e buscava um cargo político, mas ficou fora do pleito de 2024.
Durante a operação, as autoridades apreenderam uma quantidade significativa de bens, incluindo cinco armas de fogo, 27 veículos de alto padrão e relógios de luxo. Veículos como uma Hilux, uma Mercedes C200 e uma Range Rover foram contabilizados entre as apreensões, além de R$ 14 mil em dinheiro, celulares e outros itens que integram o esquema criminoso.
A Justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores relacionados aos indivíduos investigados, chegando a um total impressionante de R$ 680 milhões. Essa ação reforça a intenção da Polícia Civil da Bahia em desmantelar organizações criminosas e trazer à tona práticas ilegal na esfera das rifas.