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Justiça condena Pablo Marçal após trágica morte de trabalhador

Recentemente, um importante caso judicial envolvendo a morte de um trabalhador chocou o Brasil e trouxe à tona questões cruciais sobre segurança no ambiente de trabalho. A segunda turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2) decidiu, por unanimidade, condenar o político e empresário Pablo Marçal ao pagamento de cerca de R$ 1,346 milhão à família de Celso Guimarães Silva, um especialista em instalações elétricas que faleceu em um trágico acidente de trabalho.

Celso, de 49 anos, estava realizando serviços de desmontagem em um cinema em Alphaville, São Paulo, quando sofreu uma forte descarga elétrica. O acidente o fez cair de uma altura de 4 metros, resultando em ferimentos fatais. Infelizmente, o profissional não resistiu, despite being socorrido e levado ao hospital, onde foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Um laudo pericial da Polícia Civil evidenciou a insegurança do ambiente de trabalho, revelando a presença de fiação elétrica exposta e a falta de equipamentos de proteção adequados. Essas condições adversas foram cruciais para a decisão do tribunal e reforçaram a responsabilidade de Marçal e das empresas envolvidas no incidente.

O valor total das indenizações, que soma quase R$ 2 milhões, inclui R$ 564.800,00 destinados à esposa de Celso, tanto por danos morais quanto para cobrir os custos de tratamento psiquiátrico decorrentes da perda do marido. O tribunal também determinou que a responsabilidade pelo pagamento das indenizações recai sobre Marçal e outras duas empresas que estavam ligadas à locação do imóvel e à rede elétrica do local onde o acidente ocorreu.

A desembargadora e relatora do caso, Cândida Alves Leão, destacou na decisão, proferida na última quarta-feira (9), que a insegurança do ambiente de trabalho foi corroborada não apenas pelo laudo pericial, mas também por relatos da própria vítima, que deixou um depoimento em vídeo enquanto estava no hospital, além de testemunhos de outros funcionários que estiveram presentes no momento do acidente.

Esse caso ressalta a importância de garantir condições seguras de trabalho, especialmente em setores que envolvem trabalho com eletricidade, onde riscos são constantes e podem resultar em tragédias irreversíveis. A falta de supervisão e o não cumprimento das normas de segurança podem ter consequências devastadoras, como a morte de Celso Guimarães, que era reconhecido em sua profissão e já havia contribuído para a realização de importantes produções cinematográficas, como Tropa de Elite (2007).

O advogado da família, Eduardo Barbosa, que atuou na apelação junto ao TRT2, conseguiu reverter a decisão de primeira instância, trazendo um pouco de justiça para a família de Celso, que enfrenta não apenas a perda de um ente querido, mas também a dura realidade que vem com este tipo de tragédia. O caso é um chamado urgente para que as empresas tomem mais responsabilidade na criação de ambientes seguros e adequados para seus trabalhadores.