Zelensky convida Trump a conhecer o impacto da guerra na Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um convite a Donald Trump para visitar o país antes que qualquer negociação com a Rússia para encerrar a guerra seja realizada. Em uma entrevista ao programa 60 Minutes da CBS, Zelensky pediu que Trump testemunhasse a realidade da guerra, incluindo os danos a civis e infraestrutura, antes que decisões cruciais sejam tomadas.
Este apelo de Zelensky ocorre em meio a um ataque devastador que atingiu a cidade de Sumy, resultando na morte de 35 pessoas e deixando 117 feridos. A Rússia alegou que o alvo era uma reunião de soldados ucranianos, mas essa afirmação não foi confirmada pelas autoridades de Kyiv. O ataque reacende a discussão sobre a proteção dos civis na guerra e as táticas do exército russo, que frequentemente considera os civis como dano colateral aceitável.
Trump comentou sobre o ataque, classificando-o como “terrível” e mencionando que foi informado de que poderia ter sido um erro. No entanto, ele não se aprofundou na questão. O ex-assessor de Trump, o general aposentado Keith Kellogg, também criticou o ataque, descrevendo-o como um ato que ultrapassou todos os limites da decência.
Zelensky, por sua vez, continua a destacar a necessidade de proteção dos civis ucranianos, enquanto Trump busca melhorar as relações com a Rússia em uma tentativa de negociar um cessar-fogo. Apesar de algumas interações entre enviados dos EUA e Vladimir Putin, a Ucrânia permanece cética em relação à sinceridade das intenções russas, ressaltando que Moscou pode usar essas conversas para minar a soberania da Ucrânia.
Líderes europeus reagiram firmemente ao ataque em Sumy, com o chanceler alemão-designado, Friedrich Merz, chamando-o de crime de guerra. Outros líderes, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também expressaram condenação, enfatizando a necessidade de sanções e a urgência de um cessar-fogo realizado com justiça e respeito à soberania da Ucrânia.
Os episódios de violência estão aumentando, e os números de mortos e feridos há muito superam as expectativas, resultando em uma crise humanitária com milhões de refugiados ucranianos. Desde o início da invasão russa, as tensões têm sido palpáveis, e muitos questionam como e quando esse conflito chegará ao fim.