Fofoca ou Babaleia?

Recentemente, uma jiboia de mais de um metro foi avistada por estudantes na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. O reptil estava enrolado em uma árvore no campus, que é cercado por uma ampla área verde. Thiago Simões, um estudante de Arquitetura e Urbanismo, relatou que viu a cobra após uma amiga comentar sobre sua presença. Embora o animal tenha causado um susto, para ele não é a primeira vez que esse tipo de situação acontece na universidade.

Em suas palavras, “Era uma cobra relativamente grande, o que causa um pouco de insegurança”, mas, segundo ele, a UFBA possui uma rica biodiversidade. Na opinião de Thiago, a presença de animais como macacos, corujas e micos na região é um indicativo de que o ecossistema local está se entrelaçando com as atividades humanas no campus. Isso é, ainda que de maneira inusitada, um reflexo do ambiente em que vivemos e das decisões que tomamos sobre o espaço urbano.

Thiago vê esse encontro com a jiboia não apenas como um evento curioso, mas como um importante alerta sobre a relação entre urbanização e a natureza. “Essa situação mostra o quanto nossas práticas de construção urbana são pouco ecológicas e exercem um impacto agressivo sobre a fauna e a flora local”, comentou.

Nessa perspectiva, é fundamental que futuros profissionais, como os arquitetos e urbanistas, reflitam sobre o modo como suas intervenções no espaço urbano afetam o meio ambiente. Como é possível preservar a biodiversidade enquanto se desenvolve a cidade? O caso da jiboia na UFBA nos convida a pensar em soluções que promovam uma coexistência harmoniosa entre cidade e natureza.

Portanto, o avistamento da jiboia deve servir como um alerta sobre a importância da sustentabilidade em projetos de urbanização. As instituições de ensino, como a UFBA, podem ser líderes na adoção de práticas que respeitem a biodiversidade, criando ambientes urbanos mais amigáveis, não apenas aos seres humanos, mas também à fauna que já habita essas áreas.