Incêndio em plataforma de petróleo: 32 feridos e alerta de segurança

Um incêndio de grandes proporções na plataforma de petróleo PCH-1, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, causou ferimentos em pelo menos 32 trabalhadores. O incidente ocorreu na manhã desta segunda-feira (21), iniciando por volta das 7h25 e sendo controlado somente às 11h25, após quatro horas de intensos esforços de combate às chamas. Os funcionários afetados estão recebendo atendimento médico em hospitais na região, com 14 deles apresentando queimaduras e o restante com sintomas de inalação de fumaça.
A PCH-1 já estava fora de operação desde 2020 e a Petrobras interrompeu o escoamento de gás por razões de segurança. Durante o incêndio, um funcionário chegou a cair no mar, mas foi resgatado com vida, apresentando apenas queimaduras leves. A situação ainda está em desenvolvimento, já que o número de feridos pode aumentar, visto que trabalhadores continuam sendo desembarcados das unidades de apoio aéreo e nem todos os casos foram contabilizados.
A reação do Sindipetro-NF, o sindicato que representa os petroleiros do Norte Fluminense, foi de preocupação profunda. A entidade denunciou a falta de investimentos em manutenção e segurança nas plataformas, frisando que a série de acidentes observada nos últimos anos é direta consequência desse descaso. “Os acidentes recorrentes são resultado direto de anos de negligência, que levaram ao sucateamento das instalações offshore”, destacou a nota do sindicato.
Em resposta ao acidente, a Petrobras anunciou a criação de uma comissão para investigar as causas do incêndio e informou que trabalhadores não essenciais estão sendo desembarcados preventivamente para garantir a segurança na unidade. A diretora do Sindipetro-NF e uma assistente social foram até os hospitais prestar apoio aos feridos e seus familiares, ressaltando a importância do acompanhamento contínuo dos desdobramentos.
Esse incidente não serve apenas como um alerta sobre a precariedade nas condições de trabalho nas plataformas de petróleo, mas também destaca a vulnerabilidade dos trabalhadores do setor que lidam diariamente com riscos e perigos. A luta por melhores condições de segurança no trabalho deve ser uma prioridade não só para as empresas do setor, mas também para as autoridades competentes.