Apagão em Espanha e Portugal causa caos e solidariedade

Um grande apagão atingiu Espanha e Portugal, afetando também Andorra e partes da França. O evento teve início ao meio-dia, provocando um caos com o desligamento de semáforos, interrupção do metrô e fechamento de empresas. As pessoas foram obrigadas a enfrentar longas filas em caixas eletrônicos, uma vez que os pagamentos eletrônicos não funcionavam.
Peter Hughes vivenciou uma situação angustiante em um trem que viajava para Madrid, ficando preso por quatro horas a 200 km da capital, sem acesso a banheiros ou informações adequadas. Outros passageiros, como Jonathan Emery, também enfrentaram desafios similares, com pessoas de vilarejos próximos oferecendo alimentos e água para os que ficaram presos. A solidariedade se destacou em meio à crise.
Cidades como Madrid ficaram completamente escuras, gerando pânico e confusão entre os passageiros. Muitos não sabiam o que estava acontecendo e as redes de telecomunicações falharam, dificultando a obtenção de informações. As ruas ficaram congestionadas devido à falta de semáforos e transporte público. Hannah Lowney, que estava em um supermercado, relatou a situação caótica, pois as pessoas eram forçadas a caminhar para casa, sem saber quando os ônibus voltariam a circular.
Os restaurantes e hotéis foram afetados, e clientes, como Mark England, tiveram que lidar com alarmes de incêndio e portas de emergência fechando. Em Lisboa, escolas enfrentaram interrupções, mas os alunos mostraram resiliência e continuaram com aulas mesmo na escuridão.
À medida que a situação se deteriorava, a ansiedade crescia em relação ao abastecimento de água, alimentos e combustíveis. As autoridades españolas, incluindo o Primeiros Ministros Pedro Sánchez, reuniram-se para coordenar ações e restabelecer o fornecimento de energia. A Red Eléctrica, responsável pela distribução de energia, anunciou que o restabelecimento total poderia levar horas ou até dias em algumas áreas.
Apesar dos desafios, alguns puderam encontrar momentos de conforto e solidariedade. Isaac Bifet, um violinista madrilenho, descreveu o dia como “estranho e um pouco medieval”, mas com um lado positivo de conviver com amigos à luz de velas. Embora muitas pessoas estivessem sem eletricidade e dificuldades para realizar pagamentos, a busca por soluções criativas e a ajuda mútua foram evidentes no meio da crise.