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Miguel Terceros é preso por injúria racial durante jogo

No último domingo (4), o futebol brasileiro viveu mais um episódio lamentável de racismo durante a partida entre América-MG e Operário Ferroviário, válida pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B. O jogador Miguel Terceros, conhecido como Miguelito, foi preso em flagrante após ofender o meia Allano com palavras racistas, proferindo a expressão “preto do c******” aos 30 minutos do primeiro tempo. A Polícia Civil do Paraná confirmou que as ofensas foram corroboradas por testemunhas, incluindo o capitão da equipe do Operário, Jacy, e a vítima em questão.

A injúria racial não foi capturada pelas câmeras da transmissão oficial, uma vez que Miguelito estava de costas no momento do ato. Entretanto, a coleta de depoimentos e evidências em campo foi considerada suficiente para a lavratura do flagrante. O delegado Gabriel Munhoz se comprometeu a finalizar o inquérito nos próximos dias e busca imagens que possam validar as acusações, demonstrando a importância do registro visual em casos de racismo no esporte.

O árbitro da partida, Alisson Sidnei Furtado, interrompeu o jogo e aplicou o protocolo antirracismo da CBF, que inclui a paralisação e a formação de um círculo com os punhos cruzados. Após a partida, Miguelito, Allano, e Jacy foram levados à delegacia local para prestar esclarecimentos. A pena para o crime de injúria racial pode chegar a cinco anos de prisão, e Miguelito permanece detido aguardando audiência de custódia.

Em meio ao tumulto, o América-MG se manifestou por meio de nota, defendendo Miguelito e afirmando que as acusações seriam infundadas. O clube declarou que não encontrou evidências de conduta racista por parte do atleta, elogiando seu respeito e profissionalismo.

Por outro lado, o Operário Ferroviário repudiou firmemente as ofensas raciais e destacou a busca por provas para comprovar a veracidade dos relatos. A repercussão do caso é uma lembrança dolorosa sobre a necessidade de combater o racismo em todas as suas formas, dentro e fora dos campos.

Nos próximos dias, o desfecho do caso promete mobilizar não só as equipes envolvidas, mas toda a sociedade, que deve se posicionar contra a discriminação racial. Assim como os clubes, o ambiente esportivo precisa ser um exemplo de respeito e justiça.