EUA e Houthis: Cessar-fogo e suas implicações no comércio

Recentemente, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que o país iria parar os ataques contra os Houthis no Iémen, citando que o grupo tinha “capitulado”. Essa declaração ocorreu durante uma coletiva ao lado do Primeiro-Ministro canadense Mark Carney, na qual Trump também mencionou um acordo de “cessar-fogo” mediado por Omã, que garante que nenhuma das partes irá atacar a outra, promovendo assim, a liberdade de navegação no Mar Vermelho.
Trump afirmou que os Houthis haviam declarado que não queriam mais lutar e, por isso, os EUA iriam honrar essa decisão e interromper os bombardeios. Segundo o presidente, o objetivo das ações militares estava relacionado à proteção do tráfego comercial no Mar Vermelho, que foi severamente ameaçado pelas ações dos Houthis, que realizaram ataques a navios comercial.
A escalada dos ataques por parte dos Houthis aconteceu em solidariedade ao povo palestino, que enfrentava bombardeios por forças israelenses após o início da guerra em outubro de 2023. Isso levou à realização de diversos ataques, incluindo mísseis e drones, resultando em navios afundados e tripulantes mortos, o que obrigou empresas a reconsiderarem suas rotas comerciais.
O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, declarou que o acordo de cessar-fogo significa que nenhum navio, incluindo navais americanos, será alvo no Mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandab. Este cenário é vital, já que cerca de 15% do comércio marítimo global passa por estas águas.
Os ataques dos Houthis não se limitam a navios comerciais; o grupo também disparou mísseis contra Israel, levando este último a responder com ataques aéreos em várias localidades do Iémen, incluindo um ataque devastador ao aeroporto internacional de Sanaa, que resultou em sua total destruição. Esses conflitos refletem uma tensão aumentada na região e destacam as complexas interações entre as potências regionais e seus interesses.
A situação continua a evoluir, e os efeitos das hostilidades no Mar Vermelho podem ter repercussões significativas para o comércio global e a segurança marítima. A expectativa é que a mediação de Omã possa contribuir para uma desescalada e um ambiente mais seguro para a navegação comercial.