Conflito na Caxemira: Impactos dos Recentes Bombardeios
Recentemente, a região da Caxemira, dividida entre Índia e Paquistão, testemunhou um aumento significativo de violência devido a ataques aéreos e bombardeios. Mohammed Waheed, um morador de Muzaffarabad, a capital da Caxemira administrada pelo Paquistão, contou à BBC sobre a madrugada aterrorizante em que um grande explosão a acordou, seguido por bombardeios que causaram pânico e caos entre os moradores.
Waheed mencionou que, ao ouvir as explosões, ele e sua família correram para fora de casa, onde encontraram vizinhos em busca de segurança. O impacto dos ataques não afetou apenas as comunidades locais, mas também resultou em mortes e ferimentos significativos entre civis dos dois lados da linha de controle (LoC), que divide a região entre Índia e Paquistão.
A Índia respondeu a um ataque de militantes em sua região da Caxemira que resultou na morte de 26 civis, afirmando que seus ataques visaram grupos militantes baseados no Paquistão, algo que Islamabad nega. A situação se tornou crítica, com relatos de que pelo menos 15 civis foram mortos nos bombardeios, sendo 8 no lado paquistanês e 7 no indiano, incluindo Ruby Kaur, cuja morte foi confirmada por sua família após um ataque próximo à sua casa.
Dr. Zamrood Mughal, um residente de Poonch, na Índia, mencionou que a cidade estava em estado de pânico, com as pessoas abandonando suas casas em busca de segurança. Enquanto isso, Muhammad Younis Shah descreveu os danos causados por mísseis indianos que atingiram um complexo educacional em Nangal Sahadan, resultando em destruição significativa, incluindo uma mesquita.
As operações de resgate estavam em andamento, mas moradores de Muzaffarabad expressavam medo de mais escalonamentos da violência, mencionando que muitos estavam fugindo de suas casas. Waheed expressou sua confusão sobre por que sua mesquita local, um local de oração pacífica, havia sido atingida durante os ataques, ferindo muitos em seu bairro.
A Índia enfatizou que suas ações foram proporcionais e direcionadas a infraestrutura terrorista, mas muitos moradores questionam essa justificativa, especialmente quando alvos civis são impactados. O sentimento de insegurança e incerteza prevalece entre as comunidades afetadas.