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Acordo EUA-Reino Unido: O que Mudou nas Tarifas?

Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram uma nova acordo que promete aliviar as tarifas sobre a importação de veículos britânicos e permitir a entrada de aço e alumínio sem tarifas. Esta decisão é um alívio importante para indústrias chave no Reino Unido, que enfrentaram novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump desde o início de seu mandato em janeiro.

Embora a redução nas tarifas de importação de carros e metais seja um passo positivo, ele deixa uma taxa de 10% em vigor sobre a maioria dos produtos importados do Reino Unido. Líderes de ambos os países celebraram a aproximação como um avanço significativo, mas analistas sugerem que as mudanças não alteram substancialmente as condições comerciais anteriores.

Na Jaguar Land Rover, na região de West Midlands, o líder da oposição trabalhista, Sir Keir Starmer, elogiou o acordo como uma “plataforma fantástica”. Por outro lado, Trump demonstrou otimismo, afirmando que este é um “grande acordo” e que haverá mais crescimento no futuro.

O novo acordo reduz a tarifa de importação de veículos de 25% para 10% para um total de 100.000 carros por ano, beneficiando marcas de luxo como a Jaguar Land Rover e Rolls Royce. Essa cota corresponde aproximadamente ao valor exportado pelo Reino Unido no ano passado, o que pode limitar o crescimento futuro. Além disso, a tarifa sobre o aço e alumínio foi cortada de 25% conforme anunciado previamente.

Houve um acordo para exportações de carne bovina, permitindo que 13.000 toneladas métricas sejam enviadas do Reino Unido. Enquanto o governo britânico comemorou a liberação das tarifas, a Casa Branca destacou que espera expandir suas exportações de carne bovina e etanol, uma demanda antiga dos EUA.

O Secretário de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, declarou que o acordo abriria uma “oportunidade” de US$ 5 bilhões em exportações, incluindo US$ 700 milhões em etanol. Apesar do entusiasmo oficial, grupos de negócios manifestaram incerteza quanto ao seu impacto real, com a BritishAmerican Business ressaltando que a situação atual é melhor do que a de ontem, mas não se compara com a de algumas semanas atrás.

No parlamento britânico, o Secretário de Comércio Sombra, Andrew Griffith, rebateu a comemoração, chamando o acordo de “um acordo Diet Coke, não o verdadeiro”. O Ministro do Comércio, Douglas Alexander, enfatizou que o acordo implica “empregos salvos, mas não um trabalho concluído”.

As negociações entre os EUA e o Reino Unido sobre um acordo comercial começaram na primeira gestão de Trump, mas as demandas longas dos EUA por mudanças, especialmente em relações com a agricultura e questões farmacêuticas, frequentemente encontraram resistência no Reino Unido.

Embora o Reino Unido tenha se comprometido a manter seus padrões de qualidade alimentar para importações, a questão do que será realmente considerado “tratamento preferencial” para as empresas britânicas ainda está em aberto, deixando o setor farmacêutico ansioso por mais detalhes sobre as futuras diretrizes comerciais.