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Polícia prende negociador de ouro furtado em operação

Na última quarta-feira, 7 de abril, a Polícia Civil de São Paulo desencadeou a Operação Ouro Reverso, resultando na prisão de um dos principais negociadores de ouro e joias furtadas da organização criminosa liderada por uma figura conhecida como “Mainha do crime”. O suspeito, de 37 anos, foi detido em Ferraz de Vasconcelos, na Região Metropolitana, e estava na posse de R$ 80 mil em espécie.

A operação tem por objetivo investigar a receptação e a lavagem de dinheiro relacionados a metais preciosos no estado. As investigações revelaram que o homem atuava como “flecha” da facção, recebendo as joias oriundas de crimes e vendendo-as rapidamente para lojas localizadas no centro da capital paulista. Dessa forma, mantinha o fluxo criminoso ativo, dificultando a identificação e recuperação dos bens.

A Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Fraudes Financeiras e Econômicas, realizou diligências em diversos municípios e conseguiu apreender aproximadamente R$ 2,7 milhões em ouro e joias, além de R$ 157 mil em dinheiro. Durante a operação, três lojas clandestinas dedicadas ao derretimento de materiais preciosos tiveram seus registros de CNPJ cassados, demonstrando a determinação das autoridades em desmantelar essa rede criminosa.

Entre os locais alvos da ação policial, um estabelecimento no centro de São Paulo se destacou por ter em estoque 12 alianças intactas, que agora estão sob análise da Divisão de Investigação Criminal (Deic) para tentar localizá-las aos legítimos proprietários. Além do principal suspeito, outras dez pessoas e 11 empresas estão sendo investigadas no contexto do esquema de receptação. Diversos celulares e dispositivos eletrônicos também foram apreendidos, fortalecendo o inquérito em andamento.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) classificou o grupo como uma “rede criminosa” sofisticada, dedicada à receptação de produtos de luxo. Para a efetivação da Operação Ouro Reverso, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária, atingindo cidades da Grande São Paulo como Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos e Mairiporã, e também Campinas e a cidade de São Paulo.

A operação contou com a colaboração da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado, que fiscalizou possíveis irregularidades cadastrais e analisou documentos fiscais ligados às atividades dos investigados. Especialistas do setor de penhor da Caixa Econômica Federal também participaram da operação, contribuindo para a identificação técnica dos bens apreendidos.