Fofoca ou Babaleia?

Na manhã do dia 14 de junho, servidores da Receita Federal apreenderam 126 canetas injetáveis de emagrecimento no Aeroporto de Foz do Iguaçu, Paraná. A operação foi realizada após o uso de scanners que revelaram o transporte ilegal de medicamentos, expondo a fragilidade das fronteiras e a necessidade de fiscalização rigorosa em casos relacionados à saúde pública.

O responsável pela carga, um brasileiro de identidade não divulgada, foi encontrado com os produtos em sua bagagem. Durante o interrogatório, informou que adquiriu as canetas em Londres, na Inglaterra, e que, após uma breve passagem por Madri, na Espanha, seguia para Assunção, no Paraguai. Inusitadamente, ele revelou que pretendia comercializar os medicamentos por preços que variavam até R$3.000,00 cada, em destinos como Natal (RN) e Belém (PA).

As canetas injetáveis são frequentemente associadas a tratamentos de emagrecimento, mas a mercadoria apreendida carecia de regularização fiscal. Além disso, armazenadas de forma inadequada, essas substâncias podem representar riscos severos à saúde dos futuros consumidores, o que acende o alerta sobre a responsabilidade de adquirir e distribuir produtos médicos sem a devida supervisão.

A detenção do passageiro foi imediata, com a transferência para a Polícia Federal, enquanto as canetas foram encaminhadas para a Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu. Este episódio ilustra não apenas o desafio do combate ao comércio ilícito de medicamentos, mas também a importância de uma abordagem informada e cautelosa por parte dos indivíduos que buscam alternativas para emagrecimento.

Os medicamentos que não possuem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) podem conter ingredientes ativos não testados ou potencialmente perigosos, causando reações adversas ou complicações graves à saúde. Dessa forma, a Receita Federal reitera a importância de se evitar o uso de produtos que não sejam regulamentados, enfatizando que a saúde deve sempre vir em primeiro lugar.