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A polêmica da guarda de bebês reborn na Justiça

A recente história da advogada e influenciadora Suzana Ferreira, que gerou alvoroço nas redes sociais, destaca uma peculiar demanda jurídica que pode parecer inusitada à primeira vista. A profissional relatou ter atendido uma cliente que buscava regulamentar a guarda de uma bebê reborn, uma boneca hiper-realista, após o término de um relacionamento. Essa situação inusitada levanta questões sobre a definição de família e convivência nos dias atuais.

A cliente não apenas queria assegurar seu direito de ‘convivência’ com a boneca, mas também estabelecer uma divisão dos custos envolvidos, como a compra do enxoval da bebê reborn, além de debater sobre quem controlaria o perfil nas redes sociais da sua ‘filha’. Suzana, em seu relato, afirmou que o caso a deixou abalada, ressaltando a realidade que a profissão enfrenta na sociedade contemporânea, onde fenômenos sociais se entrelaçam com questões jurídicas.

Nos últimos meses, os bebês reborn têm chamado a atenção novamente, com o interesse nas redes sociais e plataformas de busca crescendo. Segundo dados da CNN obtidos no Google Trends, a popularidade dessas bonecas hiper-realistas atingiu picos significativos, evidenciando transformações culturais e emocionais. Desde o seu surgimento no Brasil nos anos 2000, a evolução das tecnologias permitiu que esses produtos se tornassem cada vez mais similares a bebês reais, conquistando seu espaço no coração e nas interações de muitas pessoas.

Os dados recentes mostram que as buscas por bebês reborn começaram a aumentar consideravelmente em setembro de 2024, atingindo um ápice em outubro, seguido por novos picos em dezembro e abril de 2025. Um dos momentos mais comentados no universo das bonecas foi quando o Padre Fábio de Melo adotou um bebê reborn que representa a síndrome de Down, em homenagem à sua mãe falecida, como parte de uma visita a uma maternidade de bonecas nos Estados Unidos. Essa atitude tocou muitos corações e destacou a ligação emocional que muitas pessoas têm com essas bonecas.

Além disso, eventos como o ‘parto bebê reborn’, que se tornou viral graças à influenciadora Sweet Carol, também comprovam o engajamento e o desejo de interagir com essas peças de forma criativa e lúdica. Seu vídeo, mostrando o ‘nascimento’ do boneco, já ultrapassou 100 milhões de visualizações no TikTok, demonstrando como essa nova tendência atrai a atenção de um público diversificado. O retorno da popularidade dos bebês reborn também pode ser percebido em eventos que reúnem ‘donos’ de bebês reborn, possibilitando a troca de experiências e histórias entre os participantes.

Esses dados e relatos mostram como os bebês reborn se transformaram em um fenômeno social relevante, afetando diferentes esferas da vida, desde relações interpessoais até o direito familiar. A discussão sobre a guarda de uma boneca reborn pode ser o reflexo de como as relações são vistas hoje, misturando o lúdico com o emocional, e levantando questões sobre a legislação contemporânea e o que ela diz sobre os laços afetivos na sociedade moderna.