Estupro em hospital do RJ: denúncias alarmantes surgem

Recentemente, uma grave denúncia de estupro envolvendo um técnico de enfermagem e uma paciente internada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, localizado na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, veio à tona. O incidente, que teria ocorrido entre a noite de quarta-feira (14) e a madrugada de quinta-feira (15), chocou a população e levantou questões sobre a segurança dos pacientes em ambientes hospitalares.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima relata que o técnico, durante um procedimento de higiene íntima, teria abusado dela, tocando suas partes íntimas sem consentimento. O abuso não parou por aí; horas depois, o suspeito retornou ao leito da paciente e a ameaçou, dizendo que injetaria um líquido em seu corpo caso ela relutasse em denunciar o ocorrido. A situação culminou em um ato ainda mais grave: o técnico teria forçado a paciente a realizar sexo oral, finalizando com a ejaculação do agressor.
Diante da gravidade da situação, a direção do Hospital Getúlio Vargas foi imediatamente informada e acionou a Polícia Civil. O suspeito, que foi identificado, negou as acusações durante o depoimento na 22ª Delegacia de Polícia (Penha), onde permanece detido enquanto a investigação continua. O delegado da 22ª DP, Leandro Gontijo, esteve no hospital para ouvir a vítima, que atualmente permanece internada e será transferida para um outro hospital para seguir seu tratamento.
Além de colher o depoimento da vítima, a polícia solicitou a coleta de material biológico para perícia e pretende ouvir outras testemunhas, que incluem outros profissionais de saúde da unidade. O caso, por sua natureza, é extremamente preocupante e ressalta a necessidade de medidas de proteção adequadas para pacientes vulneráveis em instituições de saúde.
Em resposta a essa situação alarmante, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) e a administração do Hospital Estadual Getúlio Vargas se pronunciaram, expressando seu repúdio ao incidente. Em sua declaração, a administração confirmou que o técnico envolvido no caso era um profissional terceirizado e que, ao tomar conhecimento da denúncia, tomou ações imediatas, incluindo o acionamento da polícia e o acompanhamento da família da vítima na delegacia. Além disso, foi decidido o desligamento do funcionário da empresa que o contratou.
A SES também destacou que está colaborando com as autoridades e que uma equipe multidisciplinar foi designada para oferecer apoio psicológico à paciente e seus familiares, enfatizando a importância do suporte neste momento crítico.
Este caso traz à luz a urgente necessidade de fiscalização e treinamento adequado para profissionais que atuam em instituições de saúde, uma vez que a confiança do paciente deve ser sempre a prioridade máxima. É inadmissível que ocorra qualquer forma de abuso dentro de um espaço que deveria ser seguro e acolhedor.