Polícia Federal realiza operações em combate a crimes financeiros

Na manhã desta terça-feira, 20 de setembro, a Polícia Federal lançou duas operações simultâneas para combater organizações criminosas envolvidas em delitos financeiros, fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Estas ações, que refletem o esforço contínuo das autoridades para desmantelar redes criminosas, estão sendo realizadas nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Maranhão.
Ao todo, foram expedidos 26 mandados de busca e apreensão, além de 11 mandados de prisão. A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores relacionados aos investigados e seus laranjas, prática que visa dificultar a continuidade das atividades ilícitas. Até as 7h20, vários carros de luxo já haviam sido apreendidos durante as operações.
A primeira operação, denominada Cryptoscam, visa uma organização criminosa com base em Ponta Grossa, no Paraná, composta por membros de uma mesma família. Este grupo é suspeito de fraudes bancárias e de furtos de criptoativos decorrentes de ataques cibernéticos. As investigações, iniciadas a partir de informações da Rede de Cooperação Internacional em Crimes Cibernéticos, apontam que a organização pode estar operando desde 2010 e, em 2021, se transferiu para Balneário Camboriú, onde começou a ocultar seus bens ilícitos.
Um dos episódios que chamaram a atenção foi o furto de cerca de US$ 1,4 milhão em criptoativos de um cidadão de Singapura. Além disso, outros membros do grupo são investigados por um ataque cibernético de 2020 que atingiu 150 contas bancárias da Caixa Econômica Federal, afetando 40 prefeituras. Estima-se que a quadrilha tenha movimentado aproximadamente R$ 100 milhões entre 2020 e 2025.
A segunda ação é a operação Wet Cleaning, que surgiu a partir da prisão de uma mulher conhecida como uma das maiores estelionatárias do Brasil. Este indivíduo é suspeito de aplicar golpes contra a Caixa Econômica Federal e está ligado a um grupo maior, envolvido em furtos de caixas eletrônicos, fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Analisando as movimentações financeiras, estima-se que a quadrilha tenha movimentado cerca de R$ 110 milhões em criptoativos.
As investigações seguem, com a PF buscando identificar outros envolvidos e aprofundar as conexões das atividades criminosas, tanto no âmbito nacional quanto internacional. É um alerta sobre a crescente complexidade do crime organizado e a importância da cooperação entre as autoridades para o combate a essas práticas ilícitas.