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Rússia Convoca 160.000 Jovens para Aumentar seu Exército

Recentemente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma convocação de 160.000 homens entre 18 e 30 anos, marcando o maior número de recrutas desde 2011. Essa medida está alinhada com os planos de expansão das Forças Armadas russas, que visam um total de 2,39 milhões de integrantes, incluindo 1,5 milhão de soldados ativos nos próximos três anos.

Apesar do governo afirmar que os novos recrutas não serão enviados para combater na Ucrânia, existe um histórico recente de conscritos sendo mobilizados para essa frente de batalha. A convocação atual ocorre entre abril e julho e acontece mesmo diante de tentativas dos Estados Unidos de estabelecer um cessar-fogo no conflito.

Na terça-feira, um ataque russo a uma instalação energética em Kherson deixou 45.000 pessoas sem eletricidade, evidenciando a continuidade da violência. Embora a Rússia tenha rejeitado um cessar-fogo mediado pelos EUA, autoridades russas alegam ter concordado em não atacar mais as infraestruturas energéticas da Ucrânia. No entanto, ainda há relatos de ataques aéreos, o que gera desconfiança sobre o cumprimento deste acordo.

Este novo processo de convocação é 10.000 homens maior em comparação ao mesmo período do ano anterior e reflete uma alteração na faixa etária permitida para o alistamento, que foi elevada de 27 para 30 anos. Além das notificações enviadas pelo correio, os jovens russos também estão recebendo avisos pela plataforma digital de serviços públicos Gosuslugi, com alguns casos já relatando convocações enviadas via site da prefeitura de Moscovo.

A crescente resistência ao alistamento, com muitos jovens optando por um “serviço civil alternativo”, é um reflexo das mudanças no panorama militar. Timofey Vaskin, advogado de direitos humanos, alertou sobre a incerteza que tem se tornado este processo, já que cada nova convocação é vista como uma verdadeira loteria, com os jovens sendo chamados sem aviso prévio.

Além da convocação regular, a Rússia tem recrutado um número significativo de soldados como contratados, e também recebeu reforços de milhares de soldados da Coreia do Norte. Após extensas perdas em combate, estimadas em mais de 100 mil soldados confirmados, o Kremlin vem buscando aumentar seu exército desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

O ministério da defesa da Rússia justifica esse aumento no tamanho das Forças Armadas como uma resposta às ameaças crescentes, tanto do conflito na Ucrânia quanto da expansão da OTAN. Vale lembrar que a OTAN recebeu novos membros, incluindo Finlândia e Suécia, como reação à invasão russa.

A Finlândia, que possui a mais longa fronteira da OTAN com a Rússia, anunciou um aumento de seu gasto militar para 3% do PIB, subindo de 2,4% em 2022. Essa decisão foi apoiada por recomendações militares, o que demonstra a crescente preocupação da região com a segurança diante das ações do governo russo.