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Protestos em Massa Contra Trump Marcam Oposição Nacional

No último sábado, multidões de manifestantes se reuniram em diversas cidades dos Estados Unidos para protestar contra o presidente Donald Trump. O evento, organizado sob o slogan “Mãos Fora”, foi a maior manifestação pública contra ele desde que assumiu o cargo, em janeiro. Os planejadores do protesto buscavam realizar atos em 1.200 locais, abrangendo todos os 50 estados americanos e contando com a presença de centenas de milhares de pessoas em grandes cidades como Boston, Chicago, Los Angeles, Nova York e Washington DC.

Os participantes expressaram descontentamento com a agenda de Trump, que abrange questões sociais e econômicas. Os protestos ocorreram logo após a decisão do presidente de impor tarifas de importação a diversos países, e também se espalharam por cidades internacionais como Londres, Paris e Berlim. Em Boston, muitos manifestantes foram motivados pelas recentes detenções de estudantes universitários estrangeiros nos EUA, que resultaram em processos de deportação. A estudante de Direito Katie Smith, por exemplo, citou o caso de Rumeysa Ozturk, uma estudante turca presa por agentes mascarados em sua universidade.

Em Londres, os manifestantes seguraram cartazes com mensagens como “E os EUA estão fazendo o que?” e “Ele é um idiota”, e cantaram slogans que incluíam “mãos fora do Canadá” e “mãos fora da Ucrânia”, refletindo mudanças na política externa americana sob Trump, como seu interesse em anexar territórios.

Em Washington DC, milhares de pessoas assistiram a discursos de legisladores democratas. Muitos oradores criticararam a influência de doadores ricos, como Elon Musk, que estão próximos do presidente. O congressista da Flórida, Maxwell Frost, condenou o que chamou de “dominação bilionária” na política americana, reforçando a mensagem de que quando se tira do povo, a população se levanta, seja nas urnas ou nas ruas.

Essas manifestações surgem em um contexto de desafios políticos para Trump. Embora o Partido Republicano tenha vencido uma eleição congressional na Flórida, a margem foi menor do que o esperado. Além disso, em Wisconsin, um juiz apoiado pelos democratas foi eleito para a Suprema Corte, derrotando um candidato republicano por quase 10 pontos percentuais, refletindo a insatisfação dos eleitores com as políticas de Trump e sua relação com Musk.

Pesquisas recentes indicam uma leve queda nas taxas de aprovação de Trump. Um levantamento da Reuters/Ipsos revelou que sua aprovação caiu para 43%, o menor nível desde o início de seu segundo mandato. Enquanto os números indicam que 37% dos americanos aprovam sua gestão econômica, a aprovação no combate ao custo de vida caiu para 30%. Outra pesquisa mostrou que 49% dos eleitores registrados ainda acreditam que ele desempenha um papel melhor do que Joe Biden, que caiu de 52% no mês anterior.

Uma manifestante chamada Theresa, presente em Washington, expressou preocupação com a perda de direitos democráticos e com os cortes feitos pelo governo federal que afetam benefícios de aposentadoria e educação. Questionada se achava que Trump escutaria suas reclamações, ela refletiu sobre a agenda do presidente que estava golfando em seu resort na Flórida, sem se pronunciar sobre os protestos.

O governo Trump emitiu uma declaração defendendo suas políticas, afirmando seu compromisso em proteger programas como Medicare, e acusou os democratas de ameaçar esses benefícios. Tom Homan, um dos principais conselheiros de imigração de Trump, minimizou os protestos, argumentando que não mudaram os fatos, embora reconhecesse o direito dos manifestantes de se expressar.