Máfia Albanesa e o Tráfico de Drogas no Ecuador: Uma Epidemia

O tráfico de drogas no Ecuador está sob controle de organizações criminosas como a máfia albanesa, que se infiltrou no país devido à sua localização estratégica e ao aumento no consumo de cocaína na Europa. Criminosos como César, que trabalham com gangues, revelam que o país serve como um ponto de trânsito para a cocaína produzia na Colômbia e no Peru, sendo que 70% da cocaína mundial passa por seus portos. Isso se torna alarmante,, já que o número de homicídios relacionados ao tráfico aumentou drasticamente, com janeiro de 2025 registrando 781 assassinatos, o mês mais letal em anos, refletindo a violência ligada ao comércio de drogas.
A expansão da máfia albanesa no Ecuador é impulsionada pela demanda crescente na Europa, que consome mais de 117 toneladas de cocaína anualmente. Os traficantes utilizam uma variedade de métodos para ocultar a droga, como esconderijos em contêineres de fruta, especialmente bananas, que representam 66% das exportações do país. Muitos trabalhadores, como motoristas de caminhão, se encontram involuntariamente envolvidos no tráfico, transportando cargas ilegais sem saber, e correndo riscos reais se se recusarem a colaborar com as gangues.
Um exemplo notório é Dritan Gjika, um dos líderes da máfia albanesa no país, que usou empresas fictícias de frutas para cobrir suas operações de tráfico de drogas. Autoridades locais estão tentando combater a infiltração de gangues através de operações policiais, mas infelizmente, o volume de cocaína sendo contrabandeada só tem aumentado. De acordo com o Major Christian Cozar Cueva da Polícia Nacional, houve um aumento de 30% nas apreensões destinadas à Europa nos últimos anos, refletindo não apenas uma quantidade crescente de drogas, mas também a complexidade e a audácia das operações do crime organizado.
A crise do tráfico de drogas no Ecuador é também exacerbada por fatores econômicos, especialmente após a pandemia de Covid-19, que deixou a população vulnerável a recrutamentos por gangues. As conexões entre o aumento das exportações de bananas e a presença de cartel de drogas indicam que as autoridades precisam conectar os pontos para ajudar na luta contra organizações criminosas. As opiniões variam, mas muitos especialistas acreditam que a mudança deve começar na demanda por drogas nos países consumidores, que mantém o ciclo de violência.
Presidentes e autoridades no Ecuador, como Daniel Noboa, reconhecem que é preciso enfrentar o problema da violência ligada ao tráfico, descrevendo a cadeia que termina na ‘diversão’ da Europa como cheia de violência e mortes. Ele se compromete a lutar contra o crime organizado, sublinhando a necessidade de uma abordagem mais abrangente que não se concentre apenas na interdição de suprimentos, mas também na redução da demanda.
A situação só tende a piorar se o consumo aumentar sem controle. O apelo é claro: a crise das drogas no Ecuador não pode ser tratada exclusivamente internamente. É essencial que os países consumidores, especialmente na Europa, reconheçam sua parcela de responsabilidade na perpetuação desse ciclo de violência.
As vítimas dessa crise vão desde os trabalhadores locais até os consumidores em países desenvolvidos, onde o uso de cocaína está em crescimento e as consequências emergentes, como mortes e aumento de violência, são alarmantes. Se não houver uma abordagem coletiva que aborde tanto a demanda quanto a oferta, a situação só irá se agravar.