Caso de Deportação de Kilmar Ábrego Garcia Gera Controvérsias

Um caso de deportação que chamou atenção foi o do salvadorenho Kilmar Ábrego García, deportado dos EUA para El Salvador sob acusações de filiação à gangue MS-13. A administração Trump admitiu que a deportação foi um erro administrativo, mas a Casa Branca reafirmou que ele ‘nunca’ poderá viver nos Estados Unidos novamente, diante de novas alegações de violência doméstica.
Kilmar foi deportado após viver em Maryland e agora se encontra encarcerado na prisão de alta segurança em El Salvador. Um juiz dos EUA ordenou ao governo que tomasse medidas para o seu retorno, mas o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, afirmou que não tinha poder para garantir o retorno do deportado.
Durante uma coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reiterou as alegações de que Ábrego García é membro da gangue MS-13 e destacou um suposto caso de violência doméstica envolvendo sua esposa. No entanto, o advogado e a família de Kilmar negam as acusações, ressaltando que a ordem de proteção foi uma medida cautelar.
A esposa de Kilmar, Jennifer Vasquez Sura, defendeu que a situação foi resolvida dentro da família e que buscou a ordem de proteção com o intuito de manter a segurança. O advogado de Kilmar, Benjamin Osorio, questionou a legalidade da deportação, afirmando que o governo não pode violar a lei mesmo se houver alegações contra o indivíduo.
Essa situação ocorre em um momento de tensão crescente entre o governo e o judiciário dos Estados Unidos sobre a questão da imigração, com juízes questionando as práticas de deportação da administração e exigindo atualizações sobre ações para garantir o retorno de Kilmar.
Enquanto isso, a senadora de Maryland, Chris Van Hollen, viajou a El Salvador em busca de conversar com Kilmar, mas foi impedido de visitá-lo. O Vice-Presidente salvadorenho informou ao senador que não era possível acomodar a visita ao prisioneiro, levantando questões sobre a validade da deportação e a situação jurídica de Kilmar.
A série de eventos gerou forte repercussão, com a Casa Branca respondendo aos críticos e focando em casos relacionados à imigração como o do brutal assassinato de Rachel Morin, onde a mãe da vítima expressou sua preocupação com a segurança pública.