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Rio e a Crítica à Classificação do Comando Vermelho

O Rio de Janeiro vive uma realidade de violência extrema, e a luta contra facções criminosas como o Comando Vermelho (CV) tem sido tema de debates acalorados. Recentemente, o secretário de Segurança Pública do estado, delegado Victor Santos, criticou o governo federal por não classificar o CV como uma organização terrorista, destacando que essa negativa ignora a gravidade das ações da facção.

Durante uma coletiva de imprensa em que anunciou a prisão de Celsinho da Vila Vintém, apontado como novo chefe da facção Amigos dos Amigos (ADA), Santos afirmou que a violência praticada pelo CV reflete métodos utilizados por organizações terroristas. “O CV hoje é a facção que mais enfrenta o Estado, e nós vamos continuar defendendo que é uma organização criminosa transnacional e terrorista”, declarou.

Essas críticas surgem em um momento em que autoridades dos EUA estão no Brasil para discutir formas de cooperação no combate a facções criminosas. O governo federal negou, em reuniões com representantes da administração Trump, a possibilidade de classificar o CV como terrorista, citando a legislação brasileira, que exige motivações religiosas, étnicas ou ideológicas para tal classificação.

Apesar do obstáculo legal, o governo do Rio busca reconhecimento internacional para o CV. Um relatório elaborado pelas polícias Civil e Militar será enviado a representantes americanos, com a expectativa de que o estado receba benefícios como capacitação de agentes e bloqueio de recursos relacionados ao crime organizado.

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, também se juntou ao debate, defendendo que as táticas do CV se assemelham às de grupos narcoterroristas. Para Curi, atos de violência indiscriminada contra inocentes e a imposição de tribunais do tráfico configuram práticas que vão além do crime comum e se enquadram no narcoterrorismo. Ele citou um ataque em que três civis foram mortos como exemplo da brutalidade da facção.

Com a evolução do cenário, as autoridades brasileiras sabem que a colaboração internacional pode ser decisiva no combate a organizações criminosas. O bloqueio de recursos e a troca de informações podem ser instrumentos eficazes na luta contra facções que operam com métodos cada vez mais violentos e organizados.