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Mercados reagem após acordo comercial entre EUA e China

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China diminuíram nesta segunda-feira, o mercado acionário reagiu de forma positiva. O presidente Trump anunciou um “total reset” nas negociações comerciais durante conversas realizadas na Suíça, o que implica cortes significativos nas tarifas que vinham sendo aplicadas entre os dois países desde janeiro.

Os EUA reduzirão suas tarifas de 145% para 30%, enquanto as retaliações da China cairão de 125% para 10%. Apesar do otimismo, Trump alertou que alguns destes impostos foram apenas suspensos e podem voltar em três meses, caso as negociações não avancem. Ele também destacou o impacto negativo das tarifas sobre a economia chinesa.

A expectativa é que Trump converse com o presidente chinês Xi Jinping ao final da semana. Os investidores reagiram bem à notícia, com o índice S&P 500 apresentando um aumento de 3,2%. O Dow Jones cresceu 2,8% e o Nasdaq saltou 4,3%. Esses ganhos colocaram os índices acionários em um patamar semelhante ao início do ano, recuperando as perdas anteriores.

Com a desaceleração das tensões, o acordo proposto também se reflete nos setores comerciais. As ações de grandes varejistas como Target e Home Depot, assim como empresas de tecnologia como Nvidia e Amazon, subiram consideravelmente. A Maersk, gigante do transporte, viu suas ações aumentarem em mais de 12% após o anúncio.

Apesar do otimismo, ainda existem dúvidas quanto ao futuro do comércio entre os dois países. Profissionais do setor na China mostraram receio de que esse seja apenas um alívio temporário. O comerciante Tat Kei, por exemplo, acredita que tudo pode mudar em três anos e meio, enquanto Elaine Li alertou para a necessidade dos empresários se prepararem para possíveis novas tarifas.

O Instituto Nacional de Varejo dos EUA (NRF) e a Câmara de Comércio Internacional mostraram-se encorajados com as negociações, considerando-as um avanço positivo para minimizar a incerteza no comércio internacional. A NRF destacou a importância desse acorda para o comércio antes da temporada de férias.

Em contraste, o preço do ouro, que havia se beneficiado de sua posição como “refúgio seguro” durante a turbulência do mercado, caiu 3,1%, evidenciando uma mudança de preferência para ativos mais arriscados com a melhora do clima econômico.