Columbia University enfrenta mudanças após corte de US$ 400 milhões

A Universidade de Columbia, uma das instituições mais renomadas dos Estados Unidos, aceitou diversas demandas do governo Trump após a suspensão de um financiamento federal de US$ 400 milhões. A decisão de cortar os recursos foi baseada em acusações de que a universidade não estava fazendo o suficiente para combater o antissemitismo em seu campus.
Em um comunicado a todos os alunos, a reitora interina Katrina Armstrong informou que a universidade está implementando novas políticas de segurança e identificação durante protestos. A partir de agora, o uso de máscaras que ocultem a identidade dos participantes em manifestações não será permitido, e todos os envolvidos em protestos precisarão apresentar documentos de identificação da instituição quando solicitado.
As exigências do governo incluíam a revisão das políticas educacionais e a adoção de práticas que garantam um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes. Isso inclui uma reestruturação no departamento de Estudos do Oriente Médio, Sul da Ásia e África, que agora contará com um novo vice-reitor sênior responsável por revisar os programas educacionais relacionados a essas regiões para garantir que sejam abrangentes e equilibrados.
Além disso, a Columbia se comprometeu a revisar seus procedimentos de admissão para assegurar que não haja discriminação, e a administração está levando a sério as alegações de assédio a estudantes judeus. O governo Trump justificou o corte no financiamento alegando uma “inércia persistente” da universidade em lidar com a intimidação de estudantes judeus, especialmente após protestos a favor da Palestina que ocorreram no ano passado.
Esses protestos chamaram a atenção do governo, levando à definição de um novo cenário para as universidades nos Estados Unidos, onde mais de 60 instituições podem enfrentar a mesma situação, com riscos de perder financiamento se não abordarem alegações de antissemitismo.
Outro aspecto que gerou preocupação foi a prisão de Mahmoud Khalil, um estudante e ativista da Columbia, que foi detido por autoridades de imigração e enfrenta deportação. Essa situação gerou críticas sobre a repressão ao ativismo estudantil e à liberdade de expressão, uma vez que Khalil argumentou que estava apenas exercendo seus direitos ao demonstrar em prol dos palestinos e contra o apoio dos EUA a Israel.
Texto escrito com base no artigo.