Eleições no Canadá: Carney, Poilievre e os desafios das urnas

Mark Carney, o líder do Partido Liberal e novo primeiro-ministro do Canadá, convocou eleições que se realizarão em 28 de abril. Esta é a primeira eleição em uma década sem a presença do ex-primeiro-ministro Justin Trudeau nas urnas, tornando a competição entre os Liberais e os Conservadores extremamente acirrada, com ambos os partidos empatados nas pesquisas de opinião.
Carney, de 59 anos, se tornou primeiro-ministro há poucos dias após sua escolha como líder do Partido Liberal, sucedendo Trudeau. Ele é um nome conhecido, tendo ocupado cargos importantes no Banco do Canadá e no Banco da Inglaterra, especialmente durante crises econômicas. No entanto, Carney é visto como um político inexperiente, já que nunca ocupou um cargo público eletivo no Canadá, e suas habilidades em francês podem ser limitantes, especialmente em áreas como Quebec, onde a cultura francófona é forte.
Por outro lado, Pierre Poilievre, de 45 anos, tem uma longa carreira política, sendo deputado desde 2004. Com um discurso voltado para políticas de baixo imposto e um governo menor, ele promete um retorno a um modelo de ‘política do bom senso’. No entanto, Poilievre é criticado por seu estilo populista e suas comparações com Donald Trump, especialmente em um contexto em que a população canadense rejeita o discurso de Trump.
Outro candidato influente nas eleições canadenses é Yves-François Blanchet, líder do Bloc Québécois, um partido nacionalista que visa representar os interesses de Quebec. Embora não seja um candidato ao cargo de primeiro-ministro, a popularidade do Bloc é crucial para o sucesso dos maiores partidos nas eleições, principalmente em Quebec. Blanchet tem se posicionado contra as tarifas de Trump e advoga por uma diversificação dos parceiros comerciais da província.
Finalmente, Jagmeet Singh, líder do NDP (Novo Partido Democrático), tem se concentrado em questões trabalhistas e em apoio a legislação progressista. Contudo, o NDP enfrentou desafios para manter o apoio dos eleitores, e as recentes pesquisas indicam que apenas 9% dos canadenses pretendem votar no partido. A questão permanece se o NDP conseguirá expandir sua representação na Câmara dos Comuns nas próximas eleições.
Texto escrito com base no artigo.