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Revelados nomes de mulheres da rede de espionagem russa

Recentemente, uma investigação da BBC trouxe à tona os nomes de duas mulheres bulgaras supostamente envolvidas em uma rede de espionagem russa baseada no Reino Unido. Cvetelina Gencheva e Tsvetanka Doncheva teriam desempenhado papéis ativos em operações de vigilância complexas contra indivíduos que eram alvos da célula de espionagem. A investigação levantou questões sobre a extensão e o impacto das atividades de espionagem que ameaçaram a vida de pessoas, incluindo jornalistas que investigavam a espionagem russa.

Gencheva, funcionária de um aeroporto, teria utilizado seu trabalho para coletar informações sobre voos de indivíduos que eram monitorados, permitindo que os espiões se sentassem próximos a seus alvos durante voos e, assim, obtivessem informações detalhadas, como senhas de telefones. Ela também fez parte de um grupo que se comunicava com outros membros da rede, incluindo o líder da célula, Orlin Roussev, que foi condenado por sua participação. Gencheva não respondeu às perguntas da BBC, desconectando-se quando contatada por telefone e se recusando a comentar sobre o caso.

Por outro lado, Doncheva foi identificada como tendo efetuado vigilâncias sobre o jornalista investigativo Christo Grozev, utilizando câmeras para monitorar a sua residência em Viena, na Áustria. Ela estava supostamente envolvida em uma campanha de propaganda anti-Ucrânia, que incluía ações destinadas a manchar a imagem dos apoiadores da Ucrânia. A BBC confirmou a identidade de Doncheva através de redes sociais e interações com outros membros da célula de espionagem. Em uma audiência, evidências serviram para mostrar que ela operou sob a supervisão do líder da célula, Jan Marsalek, que estava em contato com os serviços de inteligência russos.

A investigação do caso revelou que a célula de espionagem tinha um complexo sistema de comunicação e que havia uma vasta troca de mensagens entre os membros e seus supervisores. Além de espionagem, os documentos revelaram discussões sobre possíveis planos de sequestro e eliminações de jornalistas que investigavam a Rússia. A maioria dos membros da célula, incluindo Gencheva e Doncheva, é atualmente a espera de julgamento, e seus papéis dentro da rede de espionagem têm chamado a atenção das autoridades.

Essa operação de espionagem não só levantou preocupações em relação à segurança de jornalistas e outros cidadãos, mas também questionamentos sobre como as redes de espionagem operam em vários países, aparentemente sob a proteção ou permissão de governos. O caso deixa claro que a espionagem moderna não é mais uma prática restrita a agentes profissionais, mas pode incluir civis, como estas duas mulheres, cujas vidas cotidianas se tornaram entrelaçadas com as ameaças da espionagem internacional.

Texto escrito com base no artigo.